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Economia 29/07/2016

em Economia
quinta-feira, 28 de julho de 2016

Receita: arrecadação caiu 7,33% no primeiro semestre

Entre os fatores que influenciaram a arrecadação está a queda da Cofins e do PIS/Pasep.

A arrecadação federal de impostos e contribuições federais somou R$ 617,257 bilhões no primeiro semestre, com queda real de 7,33% na comparação com o mesmo período do ano passado, descontada a inflação pelo IPCA, utilizado pelo governo para estabelecer as metas. Foi o pior resultado desde 2010

Em junho, o governo federal arrecadou R$ 98,129 bilhões em impostos e contribuições. O total representa queda real de 7,14 % em relação ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados, hoje (28), pela Receita Federal. O resultado da arrecadação decorreu, principalmente, do desempenho da economia, evidenciado pelo comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetaram diretamente a arrecadação de diversos tributos.
Entre os principais fatores que influenciaram a arrecadação em junho está a queda da Cofins e do PIS/Pasep, com redução real de 8,45%. O resultado sofreu o efeito da diminuição de 10,20% no volume de vendas de bens. Houve ainda redução no Imposto de Importação e IPI vinculados à importação com queda de 28,38% em razão da redução no valor em dólar da importação.
No caso das receitas previdenciárias, a arrecadação registrou queda real de 3,14% no período. A arrecadação sofreu o efeito ainda da queda do Imposto de Renda-Pessoa Jurídica (IRPJ), com decréscimo de 7,58% (ABr).

IGP-M desacelera e preços sobem mais devagar

A taxa foi calculada com base nos preços coletados entre 21 de junho e 20 de julho.

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) atingiu 11,63% no acumulado dos últimos 12 meses até julho, resultado que teve o impacto da desaceleração na passagem de junho (1,69%) para julho (0,18%). De janeiro a julho, a taxa subiu 6,09%. Apurado pelo Ibre da FGV, o IGP-M serve de parâmetro para o reajuste do aluguel, entre outros tipos de correções. A taxa foi calculada com base nos preços coletados entre 21 de junho e 20 de julho.
Dos três componentes do índice, o que mais contribuiu para a redução no ritmo de alta foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) com variação negativa de 0,01% ante 2,21%. Esse resultado reflete, principalmente, o segmento de matérias-primas brutas com recuo de 1,96% depois de ter sido registrada alta de 3,66%, em junho.
Entre os itens, destaque para a soja em grão (de 14,8% para -3,68%); milho em grão (de 5,65% para -11,19%) e minério de ferro (de -3,56% para -9,17%). Já os produtos em alta foram mandioca (de -5,32% para 2,95%); leite in natura (de 4,91% para 8,03%) e café em grão (de 1,83% para 4,99%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de uma alta de 0,33% em junho para 0,29% em julho.
Dos sete grupos pesquisados, o de habitação foi o que mais ajudou a conter o avanço (de 0,69% para 0,13%) sob a influência da tarifa de eletricidade residencial (de 0,89% para -1,04%). A taxa teve ainda a contribuição de uma queda no setor da construção civil. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou variação de 1,09% ante uma alta de 1,52% em junho (ABr).

Aumenta procura por carros seminovos

Muitos brasileiros estão adiando o velho sonho de ter um carro zero km na garagem, trocando-o por um seminovo. Segundo dados da Webmotors (www.webmotors.com.br), marca líder de classificados online de veículos do País (líder também no segmento de compra e venda de veículos Online), a procura por um modelo com até três anos de uso teve elevação de 78% nos últimos 12 meses. Na avaliação do CEO da Webmotors, Rodrigo Borer, essa tendência pode ser explicada pela queda do poder aquisitivo do brasileiro e pela maior restrição ao crédito.
O levantamento mostra ainda que, nesse mesmo período, o volume de veículos seminovos em estoque aumentou em 74%, enquanto o de carros disponível na plataforma ampliou o número de ofertas em 40%. Borer destaca que a migração promove uma mudança interessante no mercado.