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Economia 29/06 a 01/07/2019

em Economia
sexta-feira, 28 de junho de 2019
Numero temporario

Número de empresas inadimplentes cresceu 2,90% em maio

O número de empresas com contas em atraso e inseridas no cadastro de inadimplentes segue crescendo, porém a taxas menores do que aquelas observadas no período mais agudo da crise econômica.

Numero temporario

Houve um pequeno recuo na quantidade de dívidas em atraso no nome de pessoas jurídicas. Foto: CDL Anápolis/Reprodução

De acordo com o indicador calculado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a alta foi de 2,90% na comparação entre maio e o mesmo mês do ano anterior.

Trata-se do menor aumento na quantidade de empresas inadimplentes desde 2011, considerando apenas os meses de maio, quando a alta fora de 13,48%. Em maio de 2018, o crescimento havia sido de 9,37%. Apesar do aumento no número de empresas inadimplentes, houve um pequeno recuo na quantidade de dívidas em atraso no nome de pessoas jurídicas: 0,80% menor em maio frente ao mesmo mês de 2018.

A região em que mais aumentou o número de empresas inadimplentes foi o Sudeste, com avanço de 5,01% na comparação com igual período de 2018. Em seguida aparece o Sul, que registrou avanço de 2,07% e o Centro-Oeste, cuja alta foi de 1,35%. Já as regiões Nordeste (0,03%) e Norte (0,02%) apresentaram um comportamento estável da inadimplência, sem um crescimento relevante na quantidade de empresas com atrasos.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o cenário econômico ainda adverso afeta a capacidade de pagamento das empresas, assim como a falta de confiança das empresas em contratar crédito. “O faturamento das empresas e a sua capacidade de honrar os compromissos financeiros são impactados pela fraqueza da atividade da economia brasileira, que sofre com alto desemprego e renda reprimida” (CNDL/SPC Brasil).

Financiamento de veículos cresceu 3,5% no 1º trimestre

Financiamento temporario

O desempenho do segmento automotivo nas vendas teve forte sustentação no crédito bancário. Foto: Febraban/Reprodução

O total de contratos de financiamento de carros e motos fechados por pessoas físicas nos bancos cresceu 3,5% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado: de 620.337 para 642.003. O volume de recursos relacionados a esses contratos aumentou de R$ 15,6 bilhões para R$ 17,2 bilhões, uma evolução de 10,5% em relação a 2018.

Os números fazem parte de um levantamento feito pela Febraban com as cinco principais instituições bancárias que operam neste segmento e representam 75% do mercado brasileiro de financiamento de carros e motos. Segundo dados da Fenabrave, nos três primeiros meses do ano foram vendidos 838.765 carros e motos. Ou seja, as vendas de veículos financiadas pelos bancos com maior participação no setor representam 76,5% do total de unidades comercializadas entre janeiro e março pelas revendedoras.

“Os números mostram que o bom desempenho do segmento automotivo nas vendas a pessoas físicas em 2019 teve forte sustentação no crédito bancário”, diz Leandro Vilain, diretor de Negócios e Operações da Febraban. Os dados sustentam a avaliação de que, com o apoio do crédito, a comercialização de automóveis tem sido um dos fatores de sustentação do crescimento econômico, na direção contrária à de indicadores que mostram desaceleração da atividade econômica (AI/Febraban).

Recuou a demanda por Crédito do Consumidor

A Demanda por Crédito do Consumidor recuou 5,7% em maio na comparação com abril, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com dados nacionais da Boa Vista. Na comparação com maio de 2018, o indicador subiu 6,6%. No acumulado em 12 meses, a alta é de 4,8%.

Considerando os segmentos que compõem o indicador, o Financeiro apresentou queda de 6,7% no mês. O segmento Não Financeiro, por sua vez, recuou 5% na mesma base de comparação.

A trajetória do indicador acumulado em 12 meses mostra que a demanda por crédito não tem apresentado sinais de aceleração no seu ritmo de recuperação, refletindo o fraco crescimento da economia e o mercado de trabalho fragilizado por elevadas taxas de desocupação e subutilização da mão de obra (boavistascpc).