Intenção de consumo das famílias volta a cairEm março, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou queda de 1,1% em comparação com o mês anterior e registrou 70,6 pontos, contra os 71,3 pontos em fevereiro Na comparação com março do ano passado, o índice sofreu forte queda de 33,2% – quando o item registrou 105,7 pontos -, o que evidencia cada vez mais a insatisfação dos paulistanos em relação ao consumo. O ICF é apurado mensalmente pela FecomercioSP e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100 pontos representa satisfação em relação às condições de consumo. Dos sete itens que compõem o indicador, cinco apresentaram retração e dois permaneceram estáveis no comparativo mensal. O item Nível de consumo atual (-5,8%) foi o que apresentou a maior queda no mês e atingiu 41,2 pontos. A queda está associada ao período pós-liquidação, confirmando que a alta vista no mês anterior foi pontual e o item voltou ao seu nível médio dos meses anteriores. Outro item que apresentou retração foi Perspectiva profissional (-1,2%), porém, é o segmento que apresentou a maior pontuação (103,2 pontos) e ainda permaneceu no patamar de satisfação (acima dos 100 pontos). O item Acesso ao crédito atingiu em março o seu menor nível histórico, com 68,5 pontos, ante 68,8 pontos vistos em fevereiro (-0,4% na comparação com o mês anterior). O item Renda atual continuou no patamar de insatisfação, com 86,5 pontos, retração mensal de 0,6% – isso comprova um nível pior de renda na comparação com o mesmo mês de 2015, quando a pontuação era de 121,2 pontos. De acordo com a FecomercioSP, o ICF encerra este primeiro trimestre com uma média de 70,1 pontos, o que demonstra que esse deve ser o novo patamar de oscilação do indicador, caso o cenário de incerteza com o futuro, a alta inflação e o aumento do desemprego continuem. |
Vendas na Páscoa caíram 9,6%O comércio faturou 9,6% a menos na Páscoa deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da empresa de consultoria Serasa Experian. Os dados, colhidos de 21 a 27 de março, representam o pior desempenho da série, iniciada em 2007. Ao considerar apenas o final de semana da Páscoa (25 a 27 de março), a queda alcançou 9,9% em relação aos mesmos dias de 2015. Na cidade de São Paulo, as vendas na semana da data comemorativa caíram 11,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Só no fim de semana, na capital paulista, as vendas apresentaram queda de 8,4%. Economistas da Serasa avaliam que o aprofundamento da recessão econômica, o desemprego em trajetória de elevação e a queda do poder de compra dos consumidores devido à inflação provocaram os resultados negativos (ABr). | Poder da moeda caiu mais de 80% desde o início do Plano RealEstudo do Instituto Assaf mostra perda de mais de 80% no poder aquisitivo da moeda desde o início do Plano Real. Uma nota de R$ 100,00 guardada no cofre em julho de 1994 tem poder aquisitivo equivalente a R$ 18,67 atualmente, ou seja, uma perda de poder de compra de 81,33% no período. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), registrou inflação acumulada de 435,49%, considerando o período do Plano Real (01/07/1994 a fevereiro de 2016). Veja a perda de poder aquisitivo de R$ 100,00 descontado o efeito inflacionário: Jul./94 R$100,00 2002 R$42,03 2004 R$35,74 2006 R$32,79 2008 R$29,64 2010 R$26,83 2012 R$23,80 2014 R$21,12 2016 R$18,67 2010 R$26,83 2012 R$23,80 2014 R$21,12 2016 R$18,67 Os valores acima são calculados com base no valor presente do dinheiro ao longo do tempo e descontado pela taxa de inflação acumulada em cada período a partir de julho de 1994. O valor presente significa a sua real capacidade de compra do dinheiro, se descontada a inflação do período. Fonte: IPCA – Portal Brasil/Instituto Assaf. |