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Economia 28 a 30/01/2017

em Economia
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
O Cartão BNDES é voltada para micro, pequenas e médias empresas e permite o financiamento em até 48 meses.

Empresas de confecção poderão vender com Cartão BNDES

O Cartão BNDES é voltada para micro, pequenas e médias empresas e permite o financiamento em até 48 meses.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que empresas de confecção poderão se cadastrar para vender a varejistas com financiamento do Cartão BNDES

A medida vale para itens de fabricação nacional e resulta de colaboração técnica entre o banco e a Abit. Os primeiros segmentos que poderão vender e receber dos compradores via Cartão BNDES são malharia, meias e tricotagem e moda íntima. Esses setores reúnem cerca de 8 mil empresas.
A meta, segundo o BNDES, é incorporar gradualmente todo o setor de vestuário. “A gente está criando um canal de financiamento para que as pequenas confecções possam vender seus produtos com segurança e, de certa forma, reduzir inclusive a dependência delas das grandes redes, porque elas têm uma relação mais individual”, disse o chefe do Departamento de Operações de Internet do BNDES, Ricardo Albano. “É um canal de vendas mais potente para as pequenas redes de varejo.”
O Cartão BNDES é voltada exclusivamente para micro, pequenas e médias empresas e permite o financiamento em até 48 meses. O fornecedor recebe o pagamento à vista, em 30 dias após a compra. Podem solicitar o credenciamento no portal do banco empresas constituídas há mais de dois anos. Os produtos cadastrados passarão pela análise do BNDES. Os varejistas interessados em comprar os itens podem pedir o Cartão BNDES no mesmo site.
Mais de 270 mil itens estão cadastrados no Portal de Operações do Cartão BNDES por 72 mil fornecedores credenciados. Entre os itens mais comprados estão máquinas e equipamentos, materiais de construção civil, computadores, softwares, móveis comerciais, insumos têxteis e motocicletas para serviços de entrega (ABr).

Caiu em janeiro o Índice de Confiança do Consumidor

O consumidor demonstra as mesmas preocupações vividas ao longo do ano passado.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a cair ao passar de 110,7 pontos em dezembro para 102,2 pontos em janeiro, o que representa uma queda de 7,7%. Na comparação com janeiro do ano passado houve alta de 14,8%, de acordo com pesquisa feita mensalmente pela FecomercioSP. A escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo.
Após cinco altas consecutivas, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos dois itens componentes do índice, recuou 6,1% ao passar de 72,6 em dezembro para 68,2 pontos em janeiro. Em relação a janeiro de 2016, o índice teve alta de 19,5%. O segundo item componente do ICC, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), sofreu retração de 8,2%, passando de 136,1 pontos em dezembro para 125 pontos em janeiro. Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta de 13,2%, a décima alta consecutiva.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, há uma atmosfera mais positiva do que existia há um ano, com as recentes mudanças no quadro político e econômico. “O resultado da pesquisa de janeiro mostra ainda um consumidor insatisfeito com as condições socioeconômicas do presente e inseguro quanto ao futuro. A situação do presente acaba por se refletir também nas expectativas, uma vez que as famílias seguem temerosas em relação ao mercado de trabalho”.
De acordo com a análise da FecomercioSP, o consumidor inicia o ano de 2017 demonstrando as mesmas preocupações vividas ao longo do ano passado: orçamento apertado por ganhos de renda mais modestos, em virtude do aumento real do custo de vida, causado pelas altas dos preços e juros e, principalmente, pela incerteza em relação ao seu emprego no futuro (ABr).

Aumentou a confiança do empresário da construção

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,5 pontos em janeiro, atingindo 74,5 pontos, em uma escala de zero a 200. Esse é o maior nível desde junho de 2015 (76,2 pontos). O crescimento do índice foi provocado principalmente pelo maior otimismo em relação ao futuro, medido pelo Índice de Expectativas, que subiu 3,4 pontos e alcançou 84 pontos. As perspectivas para a demanda nos próximos três meses foi o que mais contribuiu para o crescimento em janeiro (3,9 pontos).
A confiança em relação ao momento presente, medida pelo Índice da Situação Atual, também cresceu: 1,5 ponto, atingindo 65,3 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade do setor subiu 0,7 ponto percentual (p.p.), alcançando 63,8%. Entre dezembro e janeiro, a proporção de empresas prevendo reduzir o quadro de pessoal passou de 41,4% para 32,7%, enquanto a parcela das que planejam contratar subiu de 10,2% para 14,0% (ABr).

Queda da arrecadação está em ritmo menor

O chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita, Claudemir Malaquias, disse que a análise da arrecadação federal ao longo de 2016 mostra uma trajetória de redução da queda. “Ainda que em um patamar negativo, houve um movimento de redução dessa queda [das receitas arrecadadas]”, disse. Em janeiro do ano passado as receitas federais arrecadadas registravam queda de 6,71% na comparação com o mesmo período de 2015. Em fevereiro, a queda acumulada no período chegou a 8,71% e em março, a 8,19%.
A desaceleração desse recuo teve início em outubro, quando o governo começou a computar os resultados do programa de regularização de ativos, conhecido como repatriação. Naquele mês, a queda acumulada ficou em 3,46%. Em novembro, que ainda teve um rescaldo dos efeitos da repatriação, a queda ficou em 3,16%. Por fim, a arrecadação encerrou 2016 com queda de 2,97% acumulada em relação a 2015 e de 1,19% no mês de dezembro. Os patamares refletem a queda real, descontada a inflação do período medida pelo IPCA. Para Malaquias, ainda é cedo para falar em recuperação da arrecadação (ABr).