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Economia 28/06/2019

em Economia
quinta-feira, 27 de junho de 2019
Credito temporario

Crédito concedido pelos bancos deve crescer 6,5% este ano

O saldo do crédito concedido pelos bancos deve crescer 6,5% este ano. A estimativa do Banco Central (BC) é menor do que a divulgada em março, de 7,2%.

Credito temporario

A estimativa do Banco Central é menor do que a divulgada em março, de 7,2%. Foto: Arquivo/ABr

A nova projeção conta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado ontem (27). Em 2018, o saldo do crédito cresceu 5,1%, após contração de 0,5% registrada em 2017. De acordo com dados do BC, este ano, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos já acumula alta de 0,9%.

Para o BC, o saldo do crédito para as pessoas físicas deve crescer 9,7%, mesma projeção do relatório de março. “Essas projeções estão em linha com a manutenção de níveis confortáveis de inadimplência e de comprometimento de renda das famílias com serviços financeiros e consideram continuidade do crescimento das principais modalidades de crédito livre (veículos, crédito pessoal e cartão de crédito) em patamares próximos aos atuais”, diz o relatório.

Para as empresas, o BC revisou o crescimento do crédito de 4,1% para 2,5%, devido à evolução modesta do crédito nesse segmento no segundo trimestre do ano. “O desempenho do mercado de crédito a pessoas jurídicas reflete o menor dinamismo da atividade econômica”, diz o BC. Para o crédito livre (em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado), a projeção de expansão é 11,6%, com aumentos de 13% e 10% para os saldos de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas, respectivamente.

A expectativa para o crédito direcionado aos setores habitacional, rural e de infraestrutura é 0,4% em 2019, com aumento de 6% para as pessoas físicas e redução de 7% para as empresas. O BC destaca que as projeções são sustentadas pelas operações com recursos livres, “enquanto as operações com recursos direcionados devem continuar impactadas pelo fraco desempenho entre as pessoas jurídicas” (ABr).

Trump fala em impor 10% em tarifas sobre importações da China

Trump temporario

Trump disse que a medida depende das negociações com o presidente chinês. Foto: Issei Kato/Reuters

O presidente dos Estados Unidos aventou a possibilidade de imposição de novas tarifas à China se não produzirem resultados as iminentes negociações com o presidente chinês, Xi Jinping.

Em entrevista por telefone para a rede americana Fox Business Network na quarta-feira (26), Donald Trump declarou que, se não houver acordo, poderá estudar a imposição de 10% em tarifas aduaneiras sobre US$ 300 bilhões adicionais em importados chineses.

Os dois países já impuseram tarifas de 25% sobre centenas de bilhões de dólares em importações recíprocas. Trump fez a declaração às vésperas da conversa com Xi Jinping que está planejada para sábado, à margem da reunião de cúpula do Grupo dos 20 em Osaka, na região oeste do Japão.

Desde o mês passado tem havido uma escalada na guerra comercial, com a imposição pelos dois lados de tarifas retaliatórias sobre produtos que os Estados Unidos e a China importam um do outro (NHK/ABr).

Confiança da indústria caiu 1,5 ponto de maio para junho

Agência Brasil

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,5 ponto de maio para junho. Com a queda, o indicador chegou a 95,7 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde outubro de 2018, empatado com o resultado de novembro de 2018.

Em junho, a confiança caiu em nove de 19 segmentos industriais pesquisados pela FGV. A confiança caiu em relação tanto ao presente quanto ao futuro. O Índice de Situação Atual, que mede a satisfação com o presente, diminuiu 1,9 ponto, indo para 96,6 pontos. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, caiu em 1,1 ponto, para 94,8, o menor desde agosto de 2017 (94,1 pontos).

Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., as perspectivas de aceleração da atividade “são ainda tímidas e insuficientes para alterar o ímpeto declinante de contratações pelo setor”. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor foi de 75,3% em maio para 75% em junho.

BC reduz projeção de crescimento da economia

Agência Brasil

O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do PIB passou de 2% para 0,8%, e consta do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado ontem (27). Entre os fatores para a redução da projeção, o BC cita o crescimento menor do que o esperado no primeiro trimestre. Outros fatores são a ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores econômicos para o segundo trimestre e o “recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores, com impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento”.

De acordo com o BC, a produção da agropecuária deverá crescer 1,1% no ano, permanecendo praticamente estável ante estimativa de elevação de 1% prevista em março. Esse aumento da projeção para a agropecuária contrasta com reduções nas previsões de crescimento para os demais setores. A projeção para o desempenho da indústria foi reduzida de 1,8% para 0,2%. A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%. A previsão para a indústria extrativa recuou de 3,2% para 1,5%.

O prognóstico para a construção civil passou de crescimento de 0,6% para recuo de 1,0%, mas, em sentido oposto, a previsão de crescimento para distribuição de eletricidade, gás e água passou de 2,3% para 2,8%, devido à expectativa de redução na participação de usinas térmicas neste ano e de cenário favorável de chuvas. O BC estima crescimento de 1% para o setor terciário (comércio e serviços) em 2019, com reduções nas estimativas para o desempenho da maioria das atividades. Em março, a previsão era 2%.

Contrato de aluguel acumula inflação de 6,51%

Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,80% em junho, percentual superior ao apurado em maio (0,45%). De acordo com a FGV, com o resultado o IGP-M acumula taxas de 4,38% no ano e de 6,51% em 12 meses. A alta da taxa foi puxada pelos preços no atacado e na construção civil.

A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de 0,54% em maio para 1,16% em junho. O Índice Nacional de Custo da Construção subiu de 0,09% em maio para 0,44% em junho. O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, registrou deflação (queda de preços) de 0,07% em junho. Em maio, o subíndice havia registrado inflação de 0,35%.