109 views 8 mins

Economia 27/09/2018

em Economia
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Empresarios temproario

Empresários e governo tentam ampliar pauta de exportação

A pauta de exportações brasileira é conhecida pela predominância dos chamados produtos básicos.

Empresarios temproario

A soja respondeu por 33% do valor exportado, seguida pelos óleos brutos de petróleo. Foto: Folhapress

Segundo dados do MDIC, de janeiro a agosto, as vendas dos não industrializados lideraram a arrecadação do Brasil com exportações. Já os industrializados, cuja fabricação exige tecnologia, alcançaram patamares bem menores. A equação não é considerada saudável por economistas, pois a balança comercial do país fica refém do vaivém da cotação internacional dos produtos básicos, também conhecidos como commodities.

Os dados do ministério apontam que de janeiro a agosto a soja respondeu por 33% do valor exportado, seguida pelos óleos brutos de petróleo, com 19,56%, e pelo minério de ferro, com 15,96%. Enquanto isso, itens manufaturados tiveram presença bem menor, como os automóveis de passageiros, que no mesmo período responderam por 6,71% das vendas externas. Produtos de valor agregado da indústria de bebidas e alimentos geraram ainda menos receita. Para citar alguns exemplos, de janeiro até agosto, os refrigerantes e outras bebidas não alcoólicas, a margarina e o vinho de uvas, responderam, cada um, por 0,01% do valor total exportado pelo Brasil.

Há um esforço no sentido de mudar essa realidade. A Apex-Brasil atua através do Programa de Capacitação para Exportação capacitando empresários – muitos de pequenas indústrias – para exportar seus produtos de maior valor agregado. Além disso, articula o contato com clientes em potencial, como está ocorrendo esta semana durante a LAC Flavors – feira de bebidas e alimentos promovida no Chile pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma missão organizada pela Apex levou 62 empresários brasileiros para participar de rodadas de negócios e expor seus produtos no evento (ABr).

Confiança do Comércio caiu 1,2 ponto, diz FGV

Confianca temproario

Pesquisa mostra que donos de lojas estão preocupados com os rumos da economia. Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Agência Brasil

O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,2 ponto de agosto para setembro e chegou a 88,7 pontos em uma escala de zero a 200. Com o resultado, o indicador atingiu o menor patamar desde agosto do ano passado (84,4 pontos). A queda da confiança em setembro ocorreu entre empresários de nove dos treze segmentos do comércio pesquisados pela FGV.

O recuo do indicador foi provocado por uma menor confiança no futuro, já que o Índice de Expectativas caiu 2,4 pontos, chegando a 92,2, influenciado pela piora do indicador de tendência dos negócios nos seis meses seguintes. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, ficou estável em 85,7 pontos, após quatro quedas consecutivas.

Segundo o coordenador da pesquisa, Rodolpho Tobler, a queda do Índice de Confiança parece refletir a incerteza em relação ao ritmo esperado para a economia nos últimos meses do ano. Os resultados, de acordo com Tobler, mostram que os empresários ainda estão preocupados com o rumo da economia.

País já tem 75 mil prestadores de serviços turísticos

O cadastro nacional de prestadores de serviços turísticos, o Cadastur, atingiu em setembro o melhor resultado de sua história. A base de dados do Ministério do Turismo já conta com 75 mil cadastrados em todo o país – entre guias de turismo, parques temáticos, meios de hospedagem, agências de turismo, além de outras onze categorias. O número representa um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado, quando eram 61.200 mil cadastrados.

“Esse crescimento significativo é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pela área técnica no que diz respeito à modernização do Cadastur e também à fiscalização que vem sendo feita pela nossa equipe desde setembro de 2017. O resultado é uma atividade cada vez mais formalizada, o que beneficia a economia e traz mais segurança para o turista”, afirmou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.

De acordo com a Lei do Turismo, o cadastro é obrigatório para: meios de hospedagem, agências de turismo, guias de turismo, transportadoras turísticas, acampamentos turísticos, organizadoras de eventos e parques temáticos (MTur).

Recuperação de crédito teve aumento de 0,8%

O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista SCPC – apontou alta de 0,8% no acumulado em 12 meses (setembro/2017 a agosto/ frente aos 12 meses antecedentes). Na comparação mensal dessazonalizada, houve queda de 0,6% em agosto contra o mês anterior. Em relação ao mesmo mês de 2017 houve alta de 2,9%.

O movimento de queda na recuperação de crédito resulta das dificuldades enfrentadas pelos consumidores, com lenta retomada da atividade e mercado de trabalho ainda fragilizado. Espera-se que com a diminuição da desocupação e melhora na renda, as famílias encontrem situação financeira mais favorável, que permitirá uma evolução mais consistente na recuperação de crédito (SCPC).

Categoria de caldos, sopa e temperos perdem penetração

Fazendo escolhas cada vez mais complexas na hora de abastecer o carrinho de compras, o consumidor está atento à saúde e em busca de escolhas mais naturais. Por causa disso, está diminuindo aos poucos a lista de itens considerados prejudiciais. Caso de categorias com concentração de sódio: caldos, sopas e temperos.

De acordo com o Consumer Insights, que analisa o consumo do segundo trimestre de 2018, a categoria perdeu um ponto de penetração no ano móvel até junho 2018 em comparação com o mesmo período do ano passado. A queda no consumo pode ser explicada pela preocupação crescente da população com o consumo de sódio.

De acordo com o estudo Consumer Watch de 2017, quase 30% dos brasileiros declararam se preocupar com sódio/sal e cerca de 20% disseram ter reduzido seu consumo. Tal comportamento impulsionou as indústrias a criarem versões do produto mais premium e com menos sódio, que ganham mais importância para a categoria (Kantar Worldpanel).