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Economia 23 a 25/07/2016

em Economia
sexta-feira, 22 de julho de 2016

Geração eólica cresce 77% e consumo de etanol, 18,6% em 2015

Parque Eólico Modelo em Murici, Fortaleza.

A matriz energética brasileira ficou mais limpa no ano passado, principalmente com o crescimento significativo do consumo de energia proveniente de fontes eólicas e do etanol

Simultaneamente, caiu a demanda por gasolina, informa a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que divulgou a edição deste ano do Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional (BEN), revelando que, no ano passado, o consumo de energia proveniente de fonte eólica aumentou 77,1% em relação a 2014 e que o de etanol cresceu 18,6%. Ao mesmo tempo, o consumo de gasolina caiu 9,5%.
A nova edição do relatório apresenta em detalhes a contabilização da oferta, da transformação e do consumo final de produtos energéticos no país, tendo por base o ano de 2015. O BEN mostra que a oferta interna de energia (total disponibilizado no país) atingiu 299,2 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, registrando uma redução de 2,1% em relação ao ano anterior. A queda foi influenciada pelo comportamento da oferta interna de petróleo e derivados, que caiu 7,2% no período em conse­quência do superávit nos fluxos de exportação e importação destas fontes energéticas.
“Contribuiu ainda para a queda da oferta interna bruta o enfraquecimento da atividade econômica em 2015, ano em que o PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] nacional contraiu 3,8%, segundo o último dado divulgado pelo IBGE”, ressalta a empresa. Em contrapartida, do ponto de vista da energia elétrica, houve expressivo avanço da participação de renováveis na matriz elétrica de 74,6% para 75,5%, o que é explicado pela queda da geração térmica à base de derivados de petróleo e pelo incremento da geração à base de biomassa e eólica.
A demanda energética caiu 2,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo no segmento de transportes, principalmente em virtude da queda de 4,3% do consumo de óleo diesel, consequência da menor atividade do setor de transporte de carga. Apesar da retração, um fato positivo é que, no ano passado, houve o percentual renovável na matriz de consumo do setor de transporte passou de 18% para 21%. Essa evolução é consequência direta do menor consumo de gasolina (-9,5%), em parte compensado pelo maior consumo de etanol (+18,6%) (ABr).

Planejamento extingue 101 cargos e funções comissionadas

O Ministério do Planejamento publicou decreto extinguindo 101 cargos e funções comissionadas. Desses, 67 são cargos de direção e assessoramento superior (DAS) e 34 funções gratificadas. Além disso, o decreto transformou 441 DAS em funções comissionadas do Poder Executivo. Essas funções terão os mesmos níveis dos cargos DAS extintos e só poderão ser ocupadas por servidores efetivos.
Também houve um redesenho das estruturas do ministério. A Assessoria Econômica teve parte das atribuições remanejadas para a recém-criada Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos, que assumiu ainda competências da antiga Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos. A Secretaria do PAC foi extinta e suas funções, atribuídas à nova Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura.
Foi criada ainda a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, resultado da ampliação do antigo Departamento de Coordenação e Governança das Estatais. Outro decreto estabelece a possibilidade de os dirigentes dos órgãos e autarquias fazerem permuta entre DAS e funções comissionadas do Poder Executivo dentro de suas próprias unidades.
Segundo o Planejamento, o objetivo da medida é flexibilizar a alocação das funções e evitar o engessamento da estrutura administrativa. Em novembro do ano passado, o Planejamento já havia suprimido 208 cargos comissionados. No início de junho, o governo do presidente interino Michel Temer anunciou meta de redução de 4.307 funções e cargos comissionados na estrutura do governo federal (ABr).

Governo reduz projeção de queda do PIB

O governo federal reduziu a projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) para 2016. Em maio, era prevista retração de 3,8%. Agora, a contração da economia deve ficar em 3,1%, segundo dados da equipe econômica. As projeções estão no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre, divulgado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
O relatório é publicado a cada dois meses, com atualização das previsões de arrecadação, gastos e metas do governo e revisão dos indicadores econômicos. Em maio, o governo publicou uma versão extemporânea após a aprovação da meta fiscal de déficit de R$ 170,5 bilhões para 2016.
O documento é encaminhado ao Congresso Nacional e passa a servir de base para o acompanhamento da execução do Orçamento. Embora mais otimista em relação ao PIB, o governo elevou a projeção anual de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De 7%, a estimativa foi atualizada para 7,2%.(ABr).