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Economia 23/11/2018

em Economia
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
Enel temporario

Enel quer investir 4 bilhões de euros no Brasil até 2021

A empresa italiana de energia Enel anunciou que prevê investir pelo menos 4 bilhões de euros no Brasil entre 2019 e 2021, segundo o plano estratégico da companhia.

Enel temporario

A companhia se tornou o maior grupo de distribuição de energia do Brasil depois de adquirir a Eletropaulo. Foto: ANSA

O valor total investido no Brasil será destinado para distribuição de energia (2,2 bilhões de euros); geração de fontes renováveis de energia (1,6 bilhão de euros); e serviços e soluções de energia (200 milhões de euros).

A Enel também revelou que deverá investir aproximadamente 750 milhões de euros na Eletropaulo. A informação foi confirmada pelo diretor financeiro da italiana, Alberto De Paoli. A companhia se tornou o maior grupo de distribuição de energia do Brasil depois de adquirir a Eletropaulo, que tem 17 milhões de clientes, no primeiro semestre deste ano pelo valor de R$5,5 bilhões. A expectativa do presidente mundial da Enel, Francesco Starace, é se concentrar na reestruturação e modernização da distribuidora paulista.

De acordo com o plano estratégico, do ponto de vista global, a Enel elevou sua intenção de gastos nos próximos três anos para 27,5 bilhões de euros, um aumento de 12% em relação ao ano plano anterior. Ao todo, 42% da quantia será destinada ao setor de fontes renováveis; 40% para distribuição de energia; 9% para a geração termelétrica; 5% para o varejo; 4% para o desenvolvimento da Enel X; Do período entre 2018 e 2021, é estimado um crescimento de 6% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) a partir de fontes renováveis.

Segundo a companhia italiana, a expectativa é de que em 2021, 62% da energia produzida pelo grupo Enel será de fontes com zero emissões de gases, contra os 48% em 2018. A Enel ainda espera o aumento da capacidade renovável durante o período do plano, que deve ser igual ou maior que 11,6 GW. Além de líder em produção de energia solar e eólica no Brasil, a empresa italiana controla o fornecimento em São Paulo, e opera a Ampla, no Rio de Janeiro, e a Coelce, no Ceará (ANSA).

Movimento do Comércio avançou 0,3% em outubro

Movimento temporario

A categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” cresceu 1,0% no mês. Foto: Jean Pimentel/Ag.RBS

O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, subiu 0,3% em outubro na avaliação mensal dessazonalizada, de acordo com os dados apurados pela Boa Vista SCPC. No acumulado em 12 meses, o indicador avançou 3,1% (novembro de 2017 até outubro de 2018 frente ao mesmo período do ano anterior). Já na avaliação contra outubro do ano anterior o varejo cresceu 0,3%.

O desempenho recente do indicador mostra um ritmo tímido de recuperação do varejo. Fatores como alto nível de desocupação e lenta melhora da atividade têm contribuído para diminuição do consumo em um momento de aumento da incerteza e queda da confiança. Com poucos sinais de melhora no cenário econômico, espera-se que o varejo siga em marcha lenta até o fim do ano.

Na análise mensal, dentre os principais setores, o de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou alta de 0,8% em outubro, descontados os efeitos sazonais. Nos dados sem ajuste sazonal, a variação acumulada em 12 meses foi de 3,8%. A categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” cresceu 1,0% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Na comparação da série sazonal, nos dados acumulados em 12 meses houve queda de 0,3%.

A atividade do setor de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” registrou queda de 0,4% na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada subiu 3,4%. Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” subiu 0,3% em outubro considerando dados dessazonalizados, enquanto na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses avançou 1,0% (Boa Vista SCPC).

Economia brasileira cresceu 1% no terceiro trimestre

Agência Brasil

A economia brasileira cresceu 1% do segundo para o terceiro trimestre deste ano. A informação é do Monitor do PIB, da FGV. De acordo com a pesquisa, divulgada ontem (22) no Rio de Janeiro, o PIB se expandiu 1,7% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, e acumula alta de 1,6% em 12 meses. Considerando-se apenas setembro, houve avanços de 0,4% na comparação com agosto deste ano e de 1,1% em relação a setembro de 2017.

O crescimento de 1% do segundo para o terceiro trimestre foi seguido pelos três grandes setores produtivos: serviços (0,7%), indústria (0,7%) e agropecuária (2,4%). Entre os segmentos da indústria, a maior alta foi anotada na construção (1,5%). Também teve crescimento a indústria da transformação (0,7%). No entanto, tiveram queda a indústria extrativa mineral (-0,7%) e a geração de eletricidade (-0,4%). Entre os serviços, as maiores altas foram observadas nos segmentos de transportes (2,5%) e comércio (1,3%).

Apenas o setor de outros serviços teve queda, de 0,1%. Sob a ótica da demanda, a alta foi puxada principalmente pela formação bruta de capital fixo, que são os investimentos. O setor cresceu 7% de um trimestre para outro. O consumo das famílias também aumentou, mas de forma mais moderada: 0,7%. O consumo do governo, por outro lado, caiu 0,1%. No setor externo, observou-se um avanço de 8,6% nas exportações entre o segundo e o terceiro trimestre. As importações, no entanto, tiveram um crescimento mais expressivo no período: 11%.

Aumentou a intenção de Consumo das Famílias

Agência Brasil

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 1,1% de outubro para novembro deste ano e alcançou 87,6 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Já em relação a novembro do ano passado, a ICF cresceu 9,2%.

A alta em relação a outubro foi puxada pelo crescimento dos componentes perspectivas de consumo (3,4%), compras a prazo (1,2%), perspectiva profissional (1%) e nível de consumo atual (2,5%).
Já na comparação com novembro de 2017, a alta foi puxada pelo nível de consumo atual (23,9%) e pela perspectiva de gasto (12,2%).