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Economia 23/09/2015

em Economia
terça-feira, 22 de setembro de 2015

Gastos em viagens internacionais caem 46% em agosto

 

Chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Nos oito meses do ano, essas despesas somaram US$ 12,879 bilhões, queda de 25,13% na comparação com igual período do ano passado (US$ 17,201 bilhões).
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destaca que a alta do dólar influencia rapidamente – e com intensidade – os gastos com viagens internacionais. Maciel também citou a redução da renda devido à queda da atividade econômica. “De forma geral, acredito que o brasileiro viajará menos ao exterior tendo em vista o encarecimento de passagens áreas e das despesas no exterior de forma geral”, disse.
As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 436 milhões, no mês passado, contra US$ 493 milhões, em agosto de 2014. Nos oito meses do ano, as receitas ficaram em US$ 3,847 bilhões, ante US$ 4,863 bilhões em igual período 2014. Com esses resultados de despesas e receitas, o déficit na conta de viagens internacionais ficou em US$ 9,032 bilhões, nos oito meses do ano. Hoje o BC revisou a projeção para o déficit em viagens internacionais de US$ 14,5 bilhões para US$ 13 bilhões (ABr).

Prévia da inflação acumula alta de 9,57%

Os alimentos consumidos fora de casa tiveram aumento de preços de 0,51%.

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), acumula alta de 9,57% no período de 12 meses. Segundo dados divulgados pelo IBGE, com a prévia, a inflação oficial acumula taxa de 7,78% no ano. Apenas no mês de setembro, o índice ficou em 0,39%, igual ao de setembro de 2014 e inferior ao 0,43% da prévia de agosto.
O recuo da taxa entre agosto e setembro deste ano foi provocada, principalmente, pela queda de preços de 0,06% dos alimentos em setembro. Em agosto, o grupo alimentação e bebidas teve uma inflação de 0,45%. Os alimentos consumidos em casa ficaram 0,37% mais baratos na prévia de setembro, devido à queda de preços de produtos como cebola (-13,77%), tomate (-13,14%) e cenoura (-10,29%). Por outro lado, os alimentos consumidos fora de casa tiveram aumento de preços de 0,51%.
A inflação de 0,39% da prévia de setembro foi mais influenciada pelos transportes (com inflação de 0,78%) e habitação (0,68%). Individualmente, os itens que mais contribuíram para a taxa da prévia de setembro foram as passagens aéreas (23,17%) e gás de botijão (5,34%). O IPCA-15 foi calculado com base em preços coletados entre 14 de agosto e 14 de setembro (ABr).

Petrobras anuncia venda de 49% da Gaspetro

A Petrobras divulgou nota informando que está “em negociações finais” para a venda de 49% da Gaspetro, subsidiária da estatal para o setor de gás, para a Mitsui Gas e Energia do Brasil. No comunicado, a empresa informa que a operação foi realizada por meio de processo competitivo e que a transação faz parte do Programa de Desinvestimentos previsto no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.
A nota esclarece ainda que a conclusão da transação está sujeita à aprovação de seus termos e condições finais pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da Petrobras, assim como dos órgãos reguladores competentes. A empresa acrescenta que “fatos relevantes sobre esse tema serão tempestivamente comunicados ao mercado”.
Com o Programa de Desinvestimento, a Petrobras, que enfrenta problemas de fluxo de caixa, espera vender ativos que totalizarão US$ 15 bilhões nos próximos dois anos. O valor da transação não foi revelado pela companhia. Maior produtora de gás natural do país e única empresa responsável pela distribuição do produto, a Petrobras vinha avançando nos últimos anos também no setor de distribuição, onde já detinha, com a Gaspetro, participação na maioria das empresas do país (ABr).

Caiu a intenção de consumo das famílias

A intenção de consumo das famílias (ICF), de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), teve queda de 2,4% em setembro, na comparação com o mês anterior. Na comparação com setembro do ano passado, a queda chegou a 34,5%.
O indicador teve a oitava queda consecutiva e segue no menor patamar desde o início da série histórica, em 2010. Na comparação com agosto deste ano, houve recuos nos sete componentes do ICF, com destaque para a perspectiva de consumo, que caiu 5,5%.
Na comparação com setembro de 2014, também houve quedas, ainda mais acentuadas, nos sete componentes. As maiores reduções foram observadas no momento para a compra de bens duráveis (-51,8%) e na perspectiva de consumo (-50,4%) (ABr).