Chuva aumenta e deve reduzir contas de luzO setor elétrico brasileiro vive uma fase de muita tranquilidade em razão do momento hidrológico favorável, o que deverá levar ao desligamento de mais usinas termoelétricas levando em conta sempre o menor custo da energia A informação foi dada ontem (22) pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao avaliar que o grande beneficiado com a decisão será o consumidor final, que deverá conviver este ano com aumentos da tarifa de energia elétrica abaixo da inflação, ou até mesmo sem qualquer aumento dependendo da região. Tolmasquim, que participou da abertura da Semana Brasil-Reino Unido de Baixo Carbono, que termina hoje (23) em um hotel em Copacabana, admitiu que a situação vivida hoje pelo país é muito diferente de alguns meses atrás em razão das chuvas que voltaram a cair em fevereiro e março. “A gente hoje tem uma situação de excedente de energia no sistema”, disse, ressaltando que, do ponto de vista estrutural, em momento algum houve risco de desabastecimento, pois havia energia apesar de estar faltando água. “Agora, tendência é irmos desligando as térmicas, e a linha de linha de corte para o fornecimento térmico (R$ 211 megawatts/hora – MW/hora) propicia a bandeira verde”, destacou. Ele informou que o governo deve adotar, a partir de agora, o despacho [térmico] por ordem de mérito. “Ou seja, vamos eliminando gradativamente o despacho a partir das usinas mais caras. A linha de corte é R$ 211 por megawatss/hora. E agora vamos definir quais térmicas vamos desligar, sempre levando em conta o preço, onde as mais baratas serão despachadas primeiro”, explicou. Anunciou, ainda, que a situação dos reservatórios é muito boa, acima de 50% no Sudeste e de 90% no Sul. “Tem ainda o problema do Nordeste onde os reservatórios estão abaixo do desejado, mas estamos mandando hídrica [energia] do Sudeste e do Norte para lá” (ABr). |
Pontualidade de pagamentos das pequenas recua em fevereiroA pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 95,3% em fevereiro. Isto significa que durante o mês passado, a cada 1.000 pagamentos realizados, 953 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Este nível de pontualidade foi inferior ao observado em fevereiro do ano passado: 95,7%. Já na comparação com o primeiro bimestre de 2015, quando a pontualidade de pagamentos foi de 95,2%, a do primeiro bimestre deste ano de 2016 ficou praticamente estável: 95,1%. As micro e pequenas empresas do setor comercial apresentaram o maior nível de pontualidade de pagamentos em fevereiro: 96,0%. Nas indústrias a pontualidade foi de 93,8% ao passo que nas micro e pequenas empresas do setor de serviços a pontualidade foi de 94,7%. Em fevereiro, o valor médio dos pagamentos pontuais subiu 5,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 2.013 contra R$ 1.911). O valor médio mais alto foi registrado pelos pagamentos pontuais das empresas do comércio (R$ 2.071), seguido pelo das empresas industriais (R$1.926) e, por fim, pelas micro e pequenas empresas de serviços (R$ 1.754). De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recuo da pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas em fevereiro, com relação ao mesmo mês do ano passado, é decorrente do agravamento do quadro recessivo, prejudicando a geração de caixa das empresas. A queda da pontualidade só não foi maior porque as empresas estão racionalizando custos, o que é comprovado pela queda real, isto é, deflacionada, dos valores médios pagos pontualmente. | Consumidor vai pagar custo de linhas de transmissãoBrasília – O consumidor brasileiro passará a pagar pelas linhas de transmissão de baixa tensão da região da Amazônia Legal, de acordo com decreto publicado pelo governo ontem (22), no DOU. A medida deve baratear as contas de luz da região Norte do País e, por outro lado, encarecer a dos consumidores de todo o País. Segundo o diretor da Aneel, Romeu Rufino, atualmente, as linhas de transmissão da rede básica, pagas pelos consumidores de todo o País, são aquelas com tensão igual ou acima de 230 kV (quilovolt), e são construídas por transmissoras. As linhas com tensão inferior são pagas pelos consumidores da própria região onde cada distribuidora atua. A partir de agora, na Amazônia Legal, a tensão das linhas da rede básica será rebaixada e passará a incluir aquelas com tensão de 138 kV, atualmente, das distribuidoras de energia (AE). |