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Economia 21/09/2018

em Economia
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Inadimplencia temproario

Inadimplência das empresas é recorde em agosto

O Brasil encerrou agosto de 2018 com recorde de inadimplência entre as empresas.

Inadimplencia temproario

Apesar do nível recorde, o avanço mensal de 0,4% foi o menor dos últimos quatro meses. Foto: Divulgação/Newtrade

Foram registrados 5.577.543 CNPJs negativados, um acréscimo de 8,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (5.142.623). O total de empreendimentos no vermelho registrou uma pequena alta em julho, com variação de 0,4%. Já no comparativo com o valor consolidado no período correspondente de 2017, o montante das dívidas teve alta de 3,7%.

Na avaliação dos economistas da Serasa, apesar do nível recorde, o avanço mensal de 0,4% foi o menor dos últimos quatro meses. Isto sinaliza que a inadimplência das empresas pode estar caminhando para uma situação de estabilização ao longo dos próximos meses, ainda que seja num patamar bastante elevado.

O setor de Serviços seguiu com a maior participação no total de empresas inadimplentes: 48,3%, um acréscimo de 1,3 ponto percentual (pp) frente ao equivalente de agosto/2017. Já o Comércio respondeu por 42,3% dos CNPJs com dívidas em aberto em agosto e recuou 1,1 pp em relação ao resultado do mesmo mês do ano passado. A participação da Indústria (8,4%) também caiu 0,3 pp no comparativo ano a ano:

Bancos e cartões de crédito têm a maior participação no total de dívidas atrasadas com 23,4%. O segmento outros, que contempla dívidas com a indústria e crédito mercantil, por exemplo, está com 23,0% Na sequência, o setor de serviços, com 20,4% (Serasa Experian).

BB anuncia taxa zero para investimentos

BB temproario

As novas condições entram em vigor hoje (21) e valem para todos os clientes. Foto: Divulgação

O Banco do Brasil anunciou que vai zerar as taxas de custódia para quem aplica no Tesouro Direto e em papéis de renda fixa, como Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Debêntures. Além disso, a taxa de carregamento para os clientes que investem em planos de previdência PGBL e VGBL também será zerada, tanto para aplicações quanto para resgates.

As novas condições entram em vigor hoje (21) e valem para todos os clientes que possuem estes produtos, alcançando o estoque de aplicações e também os novos negócios. Com essas medidas, o BB alinha os custos desses produtos à nova prática de mercado e fortalece o posicionamento junto aos clientes investidores, valorizando o relacionamento de longo prazo e contribuindo para a fidelização, a retenção e para o crescimento sustentável dos negócios.

Essas iniciativas integram uma estratégia que contempla diversas outras ações recentes do banco para tornar o mundo dos investimentos mais acessível e descomplicado para os investidores brasileiros. Na semana passada, o banco anunciou um fundo de investimento inédito que investe em ações de empresas com práticas de equidade de gênero (AI/BB).

OCDE reduz para 1,2% previsão da economia brasileira

Agência Brasil

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo suas projeções para o crescimento do Brasil, segundo relatório divulgado ontem (20). A entidade prevê agora que o país crescerá 1,2% em 2018, com redução de 0,8 ponto percentual em relação a maio, quando previa expansão de 2%.
Para 2019, a estimativa para o crescimento da economia (PIB) caiu de 2,8% para 2,5%.

A OCDE diz que o crescimento das economias emergentes está ficando disperso. “O crescimento do PIB manteve-se na China e na Índia no primeiro semestre de 2018, mas abrandou em várias outras economias, incluindo o Brasil”. A OCDE prevê que a economia global crescerá 3,7% tanto neste ano quanto em 2019, com diferenças crescentes entre os países, em contraste com a ampla expansão observada no final de2017 e no início de 2018.

As perspectivas de crescimento econômico são agora um pouco mais fracas do que se previa em maio. “O aperto das condições financeiras nos mercados emergentes e os riscos políticos podem minar ainda mais o crescimento forte e sustentável a médio prazo em todo o mundo”, destaca a entidade. Na visão da organização, a confiança enfraqueceu, o comércio e o crescimento do investimento estão mais lentos do que o previsto e o crescimento salarial permaneceu modesto na maioria dos países.

Empresário da indústria está menos confiante, diz CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do mês de setembro mostrou queda de 0,5 ponto em relação a agosto, fechando em 52,8 pontos e interrompe uma sequência de recuperação iniciada após a forte redução observada em junho por causa da greve dos caminhoneiros em maio. Naquele momento, a queda do Icei chegou a 5,9 pontos e os dois meses seguintes mostraram uma recuperação de 3,7 pontos.

Os dados são da pesquisa divulgada ontem (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dois índices que formam o Icei, condições atuais e o de expectativas, diminuíram em setembro, na comparação com agosto. O primeiro caiu 0,5 ponto, e foi de 47,2 para 46,7 pontos; e o segundo caiu 0,4 ponto, ficando em 55,9 pontos. Apesar do recuo, o indicador continua acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.

Porém, está 1,3 ponto abaixo da média histórica, calculada com o valor médio do Icei de todas as observações realizadas desde 1999.
O Icei é um indicador que ajuda a entender as tendências da indústria e da economia. Empresários confiantes tendem a ampliar a produção e os investimentos, o que estimula o crescimento da economia, informou a CNI. Nesta edição, a pesquisa foi realizada entre 3 e 13 de setembro com 2.806 empresas, sendo 1.112 pequenas, 1.059 médias e 635 de grande porte.