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Economia 21/02/2017

em Economia
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Para o mercado financeiro, a Selic encerrará 2017 em 9,5% ao ano e 2018 em 9%.

Mercado espera que Selic caia para 12,25% ao ano

Para o mercado financeiro, a Selic encerrará 2017 em 9,5% ao ano e 2018 em 9%.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a taxa básica de juros, a Selic, caia dos atuais 13% ao ano para 12,25% ao ano, na reunião do Copom, marcada para hoje (21) e amanhã (22)

Com a inflação em queda e a economia em recuperação, as instituições financeiras esperam por mais cortes na taxa básica nas reuniões seguintes do Copom. Para o mercado financeiro, a Selic encerrará 2017 em 9,5% ao ano e 2018 em 9% ao ano.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isto gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
A projeção de instituições financeiras para a inflação, neste ano, continua a cair. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela sétima semana consecutiva, ao passar de 4,47% para 4,43%. A estimativa está abaixo do centro da meta de inflação, que é 4,5%. A meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa para o IPCA segue em 4,5%. A projeção de instituições financeiras para o PIB, este ano, foi mantida em 0,48%. Para o próximo ano, a expectativa é que a economia cresça 2,3% (ABr).

Financiamento de veículos registrou queda em 2016

Vendas-Carros temporario

O financiamento de veículos novos registrou o seu mais fraco desempenho no ano passado. O total de recursos liberados foi R$ 80,2 bilhões, o que representa uma queda de 9,9% em doze meses. De acordo com levantamento da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras), até então o menor volume era de R$ 88,9 bilhões, alcançado em 2015.
“O fraco desempenho da economia impactou fortemente na concessão de crédito ao consumidor. Ao mesmo tempo em que os bancos, em razão do aumento dos riscos, foram mais rigorosos, muitos consumidores optaram por adiar suas compras com medo de não quitar sua dívida. O ano de 2016 foi de muita cautela, tanto por parte das pessoas, como por parte das instituições financeiras”, avalia o presidente da entidade, Gilson Carvalho.
Na avaliação do executivo, 2017 deverá ser um pouco melhor. A expectativa é de que o saldo de financiamentos para a compra de veículos e motocicletas registre um pequeno aumento de 2,5% e alcance a marca de R$ 166,7 bilhões. Já o total de recursos liberados poderá crescer um pouco mais e somar R$ 86,7 bilhões, o que representa uma alta de 5,5% (Anef).

Está valendo o novo limite para compra de imóveis com o FGTS

O novo teto de R$ 1,5 milhão vale para todas as regiões do país.

Desde ontem (20), está valendo a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que aumentou o limite máximo do valor dos imóveis novos adquiridos por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Até 31 de dezembro, os mutuários poderão financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão, utilizando recursos do FGTS. Os financiamentos do SFH cobram juros menores que os demais financiamentos do mercado, de até 12% ao ano.
Acima desses valores, valem as normas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas mais altas e definidas livremente pelo mercado. Essa foi a segunda elevação do limite nos últimos três meses. Em novembro, o CMN tinha reajustado o teto de financiamento de R$ 650 mil para R$ 800 mil, na maior parte do país, e de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O novo teto de R$ 1,5 milhão vale para todas as regiões do país. Em nota, o Ministério do Planejamento informou que a medida ampliará o acesso da população às taxas de juros mais baratas e possibilitará a movimentação dos recursos das contas vinculadas do FGTS para o pagamento das prestações (ABr).