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Economia 19/10/2017

em Economia
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Xi Jinping quer continuar as reformas para que a China seja uma economia moderna.

Em congresso do Partido Comunista, China defende reformas econômicas

Xi Jinping quer continuar as reformas para que a China seja uma economia moderna.

O secretário-geral do Partido Comunista da China (PCCh) e presidente do país, Xi Jinping, propôs ontem (18) continuar as reformas para que o país seja uma economia moderna com maior presença das forças do mercado

O objetivo das “taxas de juros e de câmbio de serem mais baseados no mercado” foi um dos principais pontos financeiros de Xi em seu discurso de abertura do XIX Congresso do PCCh.
Além disso, ele se mostrou a favor de flexibilizar o acesso ao investimento estrangeiro, abrir os mercados e fortalecer a proteção da propriedade intelectual, pontos que foram expressados pelos principais parceiros econômicos da China, como a União Europeia e os Estados Unidos. Xi Jinping disse que “é necessário” implementar em todos os setores um sistema de listas negativas (que estipulam claramente áreas da economia vetadas no exterior) no acesso ao mercado chinês, “respaldar o desenvolvimento das empresas privadas” e ativar “os agentes do mercado”.
Também destacou o objetivo de melhorar o sistema de supervisão e controle financeiro para “evitar a aparição de riscos financeiros”. Sobre o setor das empresas estatais, Xi deseja continuar com o atual processo de reformas (que ele chamou de “reorganização estratégica”), a fim de desenvolver “empresas de classe mundial mundialmente competitivas”. Além disso, ele considera abrir estas empresas ao capital privado, observando que é necessário desenvolver companhias de “propriedade mista” público-privado, embora não tenha falado sobre privatizações.
O líder comunista chinês também indicou o compromisso de realizar uma profunda reforma tributária para dar origem a “um sistema fiscal moderno”, com uma clara divisão de competências e obrigações entre as administrações centrais, provinciais e locais (ABr/EFE).

Multas de trânsito poderão ser pagas com cartão de débito

A ideia é reduzir a inadimplência ao pagamento das multas de trânsito.

A partir de agora, os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) estão autorizados a arrecadar as multas de trânsito e demais débitos relativos ao veículo por meio de cartões de débito ou crédito, disponibilizando aos infratores ou proprietários de veículos, alternativas para quitar seus débitos à vista ou em parcelas mensais. Anteriormente, somente as multas aplicadas em veículos registrados no exterior poderiam ser arrecadadas com cartões de débito ou crédito.
A iniciativa foi regulamentada pela Resolução nº 697, do Contran publicada ontem (18) no Diário Oficial da União, que altera a Resolução Contran nº 619, de 2016, que proibia o parcelamento das multas de trânsito. Segundo o diretor do Detran e presidente do Contran, Elmer Vicenzi, a medida busca aperfeiçoar a forma de pagamento das multas de trânsito e demais débitos relativos ao veículo, “adequando aos métodos de pagamento mais modernos e permitindo que o pagamento seja parcelado”. A ideia é reduzir a inadimplência ao pagamento das multas de trânsito junto aos diversos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito.
“Antes dessa norma, alguns órgãos de trânsito adotaram o parcelamento das multas de trânsito diretamente por meio de documentos de arrecadação. Muitos proprietários de veículos buscavam o parcelamento como forma inicial de regulamentar a situação do veículo e obter o documento de licenciamento ou possibilidade de transferência, sem arcar com o compromisso de quitar as demais parcelas”, explica Vicenzi.
Com o parcelamento por meio do cartão de crédito, as empresas que operam como adquirentes ou subadquirentes de cartões de crédito deverão realizar a quitação das multas à vista junto ao órgão de trânsito, assumindo o risco da operação junto ao titular do cartão. Caberá a cada órgão de trânsito implementar a medida (ACS/MC).

Varejo brasileiro deve crescer 1,4% em 2017

Em 2017, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro deve crescer 1,4% em relação a 2016, segundo projeção da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em julho, a estimativa da entidade era de que o setor fecharia o ano com leve recuo de 0,4% ? a melhora de cenário se deve a uma queda da inflação, nos últimos meses, maior do que se esperava. Os dados se referem ao varejo restrito, que não considera automóveis e material de construção.
“Fechar o ano no campo positivo é uma boa notícia. E a mola dessa recuperação é a queda dos juros e da inflação, juntamente com a base de comparação muito fraca. A retomada é lenta, e não compensará o que foi perdido no ano passado, mas é consistente”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP. Em 2016, o varejo restrito nacional registrou retração de 6,2% sobre o ano anterior, de acordo com o IBGE.
O pior resultado da série histórica da projeção da ACSP ? iniciada em março de 2007 ? foi em outubro de 2016 (-6,8%). O gráfico da ACSP aponta que o setor deve zerar a queda em outubro de 2017 e registrar avanço de 2,3% em março de 2018 na variação em 12 meses (ACSP).

Professor da FGV analisa retração da economia

Para o economista e professor dos MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), Mauro Rochlin, o resultado negativo de agosto da economia brasileira será revertido nos próximos meses. Segundo ele, mesmo com a retração, os dados apresentam um crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior.
“A queda foi puxada por fortes recuos em alguns poucos segmentos de menor relevância no conjunto. A tendência para os próximos meses é de alta por causa do Natal. O varejo já espera ter o melhor movimento dos últimos quatro anos e com isso o fôlego industrial vai ganhando força”, diz Mauro Rochlin.
O professor da FGV aposta ainda na inflação baixa e na queda dos juros para ajudar a retomada da indústria. Outro fator positivo apontado pelo especialista é o maior número de empregados em comparação ao ano passado, com ou sem carteira assinada. “O crescimento da indústria pode ajudar o PIB brasileiro atingir 0,8% este ano”, avalia Rochlin (FGV).