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Economia 18/01/2017

em Economia
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Quando se fala em aplicação financeira, a caderneta de poupança sempre liderou a preferência do brasileiro.

Caderneta de Poupança segue como investimento preferido

Quando se fala em aplicação financeira, a caderneta de poupança sempre liderou a preferência do brasileiro.

Quando o assunto é investimento, o perfil do brasileiro já é conhecido: em geral, busca aplicações mais conservadoras e de baixo risco

Pesquisa da Fecomércio RJ/Ipsos revela que a caderneta de poupança segue na preferência nacional em 2016 como principal modalidade de investimento, mas com as taxas de juros nos patamares atuais, as aplicações em renda fixa, como fundos de investimento, ganharam mais espaço.
Este ano, 76% dos brasileiros com algum dinheiro guardado afirmaram que a poupança é a principal opção de investimento, uma queda de 12 pontos percentuais em relação ao ano de 2012. Não à toa, a poupança era mais vantajosa na ocasião, já que nos anos de 2012 e 2013 as taxas de juros brasileiras estavam no menor patamar da série histórica do Banco Central.
Aqueles que optam por não fazer investimentos e guardam o dinheiro em casa totalizam 15%. Na sequência, estão os fundos de investimento, com 7% das menções, alta de 4 pontos percentuais ante 2012, quando o indicador estava no patamar mínimo.
“Quando se fala em aplicação financeira, a caderneta de poupança sempre liderou a preferência do brasileiro. Não apenas pela tradição ou facilidade de se investir, mas pelo fato de a aplicação não estar sujeita à cobrança de imposto de renda. Com um patamar de inflação mais alto nos últimos anos, em paralelo ao aumento dos juros, outras formas de investimento ganharam atenção do brasileiro. É um processo de maturidade, que leva tempo, mas já traz benefícios sobretudo ao pequeno investidor, que precisa contar com a orientação dos bancos de varejo”, afirma Gloria Amorim, diretora de políticas e estratégias do Sistema Fecomércio RJ.

Reino Unido deixará mercado único da UE

Theresa May anuncia como será saída do Reino Unido da União Europeia.

A primeira-ministra britânica Theresa May fez um discurso na manhã de ontem (17), em Londres, para anunciar como deverá ser a saída do Reino Unido da União Europeia. No discurso, May confirmou que o Reino Unido deixará o mercado único, mas afirmou que está confiante em um possível acordo de comércio com a Europa.
Em relação ao livre trânsito de pessoas dentro do bloco, May foi clara ao dizer que o Reino Unido passará a controlar o número de migrantes provenientes da União Europeia, mas afirmou que reconhece a importância dos imigrantes e que “os melhores [serão bem-vindos] para estudar e trabalhar no Reino Unido”. Ela afirmou ainda que a imigração terá de servir aos interesses britânicos.
O discurso de May, bastante otimista, foi intitulado A Global Britain (Uma Grã-Bretanha Global, em tradução livre), e transmitiu a ideia de que a saída da UE é uma oportunidade para o Reino Unido se tornar ainda mais internacional. “Deixaremos a União Europeia mas não abandonaremos a Europa”, afirmou, dizendo que o Reino Unido estará aberto ao mercado global.
Muito criticada nos últimos meses por não ser clara nas propostas para a transição do Reino Unido, Theresa May adotou um tom conciliador no discurso, afirmando que o país quer negociar livremente com outras nações da União Europeia e que acredita que um acordo pode ser positivo para os dois lados.
O termo Brexit é a união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e Exit (saída, em inglês) e é usado para denominar o processo de saída do Reino Unido da União Europeia após um referendo feito em junho de 2016, quando 52% dos britânicos votaram a favor da saída. A participação no referendo foi de 71,8%, com mais de 30 milhões de votantes (ABr).

Safra de café pode ficar entre 43 e 47 milhões de sacas

A safra brasileira de café em 2017 deve ficar entre 43,65 e 47,51 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, somadas as espécies arábica e conilon. Os números são do primeiro levantamento da safra, divulgado ontem (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com o estudo, a previsão representa uma redução entre 15 e 7,5%, quando comparado com a produção de 51,37 milhões de sacas do ciclo anterior.
A produção de café arábica – que domina o plantio das lavouras no país, representando 80% do total produzido – deve encolher entre 19,3 e 12,7%. Estima-se que sejam colhidas entre 35,01 e 37,88 milhões sacas. Isso se deve ao ciclo de bienalidade negativa do grão. Já a produção de conilon, 20% do total de café do país, está estimada entre 8,64 e 9,63 milhões de sacas, com um crescimento esperado de 8,1 a 20,5% comparado à safra de 2016. Os números se devem à recuperação da produtividade nos estados da Bahia e de Rondônia, bem como ao processo de maior utilização de tecnologia do café clonal e mais investimentos nas lavouras.
A área total plantada no país tem expectativa de aumento de 0,2% em relação a 2016, devendo chegar a 2,23 milhões de hectares. No entanto, prevê-se uma redução de produtividade em termos gerais entre 12,6 e 4,9%, podendo situar-se entre 23,02 e 25,05 sacas por hectare. O arábica, que mais sofre a influência do ciclo atual de baixa bienalidade, deve ter produtividade entre 23,48 e 25,40 sacas por hectare (Conab).