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Economia 17/09/2015

em Economia
quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Plano decenal de energia prevê investimentos de R$ 1,4 trilhão

Dos 73 mil megawatts em novos empreendimentos, 62,1 mil MW serão de energias renováveis, sendo 27,2 mil MW de hidrelétricas.

O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE),
está disponível para consulta pública até o dia 7 de outubro

O documento, que reúne as projeções para o setor elétrico do país pelos próximos dez anos, prevê expansão de 55% na capacidade instalada de geração de energia no Brasil até 2024. O volume de investimentos previstos chega a R$ 1,4 trilhão nos próximos dez anos, dos quais 70% virão do setor de petróleo e gás, 27% do setor elétrico e cerca de 3% do setor de biocombustíveis. O plano ficará disponível para consulta pública no site do Ministério de Minas e Energia.
A maior parte da expansão deverá vir de projetos de energia renovável. Dos 73 mil megawatts (MW) em novos empreendimentos, 62,1 mil MW serão de energias renováveis, sendo 27,2 mil MW de hidrelétricas, 18,9 mil MW de energia eólica e 16,4 mil de outras fontes, como pequenas hidrelétricas, biomassa e solar. Entre os principais empreendimentos que deverão entrar em operação nos próximos anos está a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. As fontes não renováveis responderão por apenas 11,4 mil MW. Com isso, a participação dessas fontes na matriz energética brasileira cairá de 16,3% para 16%.
O plano também estima que a produção de petróleo nacional dobre dos 2,5 milhões de barris por dia para cerca de 5 milhões até 2024, principalmente por causa da camada pré-sal. A demanda interna deverá chegar a 3 milhões de barris, o que permitirá um excedente para exportação de 2 milhões de barris por dia. A produção de etanol deverá crescer 52%, passando de 29 bilhões de litros para 44 bilhões de litros por ano. Já a produção de gás natural aumentará de 56 milhões de metros cúbicos por dia para 99 milhões (ABr).

Vendas no comércio varejista caem em julho

O destaque foi para o setor de livros, jornais, revistas e papelaria, com redução de 5,5%.

O volume de vendas do comércio varejista caiu 1% de junho para julho deste ano – sexta queda consecutiva do indicador. Ao divulgar os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, o IBGE informou que, na comparação com julho do ano passado, o comércio teve queda de 3,5% nas vendas. O comércio varejista acumula perdas de 2,4% no ano e de 1% no período de 12 meses. A receita nominal teve resultados positivos. De junho para julho, houve variação positiva de 0,1%. Na comparação com julho de 2014, a alta foi 4,2%. A receita nominal acumula altas de 4,2% no acumulado do ano e de 5,3% no período de 12 meses.
De junho para julho, o volume de vendas caiu em sete dos oito setores pesquisados pelo IBGE. O único setor que não teve queda foi o de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que manteve-se estável. Entre os segmentos com recuo nas vendas, o principal destaque foi o de livros, jornais, revistas e papelaria, com redução de 5,5%. Os demais setores tiveram as seguintes taxas de queda: móveis e eletrodomésticos (-1,7%), equipamento e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%), artigos farmacêuticos, médicos e perfumaria (-1,1%), supermercados, alimentos e bebidas (-1%), tecidos, vestuário e calçados (-1%) e combustíveis e lubrificantes (-0,4%).
Considerando-se o varejo ampliado, que também inclui os segmentos de veículos e materiais de construção, houve crescimento de 0,6% no volume de vendas, de junho para julho. O setor de veículos, motos, partes e peças teve crescimento de 5,1%, enquanto os materiais de construção tiveram queda de 2,4%. Nos outros tipos de comparação, no entanto, o varejo ampliado teve quedas no volume de vendas: comparação com julho de 2014 (-6,8%), acumulado do ano (-6,5%) e acumulado de 12 meses (-4,9%) (ABr).

Brasil e Rússia pretendem alcançar intercâmbio de US$10 bilhões

O vice-presidente Michel Temer afirmou que o intercâmbio comercial entre Brasil e Rússia deve alcançar, em breve, o patamar de US$ 10 bilhões anuais, apesar de os dois países estarem passando atualmente por “uma certa dificuldade de natureza econômica”. O acordo, que prevê o aumento das trocas comerciais, foi assinado pelos presidentes Vladimir Putin e Dilma Rousseff, em Brasília, em julho do ano passado.
“Queremos incrementar cada vez mais o comércio, ampliando o mercado de carne e de outros produtos brasileiros”, disse Temer no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Rússia, em Moscou, onde está em viagem oficial. Vice primeiro-ministro da Rússia, Arkady Dvorkovich afirmou que seu país também quer ampliar a cooperação e o comércio nas áreas em que os russos têm maior competitividade, entre elas as de petróleo, gás e energia nuclear. “Mas temos o que aprender com o Brasil nas tecnologias agrícolas”, ressaltou.
Mais cedo, Temer reuniu-se com a presidente do Conselho da Federação da Rússia, Valentina Matvienko. Ela destacou que a corrente de comércio entre Brasil e Rússia, em torno de US$ 6,6 bilhões anuais, não corresponde ao potencial existente. “O Brasil é o maior fornecedor de alimentos e produtos agrícolas para o mercado russo. Queremos diversificar a pauta exportadora com produtos de maior valor agregado nas áreas de energia, biotecnologia e cooperação técnico-militar”, acrescentou Valentina (ABr).