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Economia 17/03/2017

em Economia
quinta-feira, 16 de março de 2017
Famílias paulistanas equilibram orçamento doméstico.

Proporção de famílias com dívidas atingiu 48,5% em fevereiro

Famílias paulistanas equilibram orçamento doméstico.

As famílias paulistanas aproveitaram os recursos extras do décimo terceiro salário para ajustar o orçamento doméstico

Com isso, o porcentual de endividados caiu pelo terceiro mês consecutivo e, em fevereiro, 48,5% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, queda de 0,7 ponto porcentual (p.p.) em relação ao mês anterior.
No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era de 51,1%, o recuo foi de 2,6 p.p.. Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 1,899 milhão em janeiro para 1,873 milhão em fevereiro, sendo que no mesmo mês de 2016, esse número era de 1,959 milhão, uma redução de famílias endividadas de 86 mil.
Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela FecomercioSP, cuja assessoria econômica, além da utilização do 13º salário para quitar dívidas, parte da queda no endividamento em fevereiro pode ser explicada também pelo conservadorismo dos consumidores que, diante da crise econômica e do receio do desemprego, estão avessos à tomada de crédito.
A inadimplência, que em agosto/setembro de 2016 atingiu o maior patamar em quatro anos (19,9%), caiu pelo quinto mês consecutivo, passando de 16,9% em janeiro para 16,5% em fevereiro. A proporção de famílias com contas em atraso também caiu (0,6 p.p.) em relação ao mesmo período do ano passado quando registrava 17,1%. Já a proporção de famílias que não terão condições de pagar as contas no próximo mês subiu, passando de 7,4% em janeiro para 8,4% em fevereiro (FecomercioSP).

Leilão de aeroportos leva governo a arrecadar R$ 3,7 bilhões

Arrematado por grupo francês, Aeroporto de Salvador foi um dos quatro leiloados.

Com o leilão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, realizado na manhã de ontem (16) na BM&FBovespa, o governo receberá R$ 1,46 bilhão dos lances mínimos, valor que terá de ser pago à vista no momento da assinatura do contrato, e garantiu uma arrecadação de R$ 3,72 bilhões no período da concessão.
O grupo alemão Fraport AG Frankfurt Airport Services arrematou duas ofertas: o aeroporto de Fortaleza (por R$ 425 milhões, com ágio de 18,5%) e o de Porto Alegre (por R$ 290, 5 milhões, ágio de 852,12%). O aeroporto de Salvador foi arrematado pela francesa Vici Airports, por R$ 660,9 milhões, com ágio de 113%. O aeroporto de Florianópolis ficou com a suíça Zurich International Airport AG, por R$ 83, 3 milhões, ágio de 58%.
Por meio de sua conta no Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o ágio obtido nos leilões de aeroportos. “Sucesso o leilão dos aeroportos de Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. Reconquistamos credibilidade no cenário internacional”, disse o presidente. “O leilão dos aeroportos teve ágio de R$ 700 mi. Acerto do programa de concessões #PPI a cargo da Secretaria Geral da Presidência da República”, acrescentou (ABr).

Um terço das empresas inadimplentes está em São Paulo

São Paulo tem o maior número de empresas negativadas do país. Um estudo da Serasa Experian aponta que 32,1% dos 4,9 milhões de CNPJs com dívidas em atraso, computados em janeiro de 2017, se concentram no Estado. Em seguida, aparece Minas Gerais, com 11,2% do total de companhias no vermelho, e o Rio de Janeiro, com 8,1%.
O valor das contas não pagas é de R$ 112,7 bilhões, média de R$ 23.167,00 por empresa devedora. Para se ter uma ideia do crescimento das dívidas atrasadas nos últimos dois anos, um levantamento da Serasa, de março de 2015, contabilizava 3,8 milhões de CNPJs negativados, crescimento de 28,95%. Segundo os economistas da Serasa, a retração nas vendas e no ritmo de produção por causa da longa e intensa recessão pela qual vem passando a economia brasileira tem debilitado o fluxo de caixa das empresas.
Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito que, diga-se de passagem, continua caro e escasso, prejudica a gestão financeira das empresas. Tudo isto leva a inadimplência das empresas para patamares recordes, sendo absolutamente necessários que processos de renegociação ocorram entre credores e devedores para que tais dívidas possam ser equacionadas e regularizadas (Serasa Experian).

Governo estuda mais concessões

São Paulo – O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, afirmou ontem (16), que o governo ainda estuda se há a necessidade ou não de novas concessões de aeroportos no futuro. “Estamos calibrando o sistema público e o sistema que foi concessionado para, aí sim, saber se haverá a necessidade ou não de mais concessões de aeroportos”, disse Quintella, após o leilão dos aeroportos de Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis. “Não pretendemos fechar essa porta de jeito nenhum.”
Questionado quanto ao futuro da Infraero, o ministro disse que o governo tomou medidas para garantir a sustentabilidade da companhia, entre elas o envio de R$ 500 milhões para o Plano de Demissão Voluntária de funcionários da estatal. “Queremos uma Infraero mais moderna, enxuta, que troque mais experiência com operadores importantes no mundo”, disse. Ele voltou a lembrar que a ideia do governo é a abertura de quatro subsidiárias da Infraero, voltadas para Serviços, Participações, Navegação e Aeroportos. “(A Infraero Aeroportos) receberia um certo número de aeroportos, para a futura abertura de capital da empresa”, disse (AE).