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Economia 16/02/2016

em Economia
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Instituições financeiras elevam projeção da inflação para 7,61%

Mercado prevê mais inflação para 2016.

A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano subiu pela sétima vez consecutiva

Desta vez, a estimativa para o IPCA passou de 7,56% para 7,61%. Para 2017, a estimativa segue em 6%, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,72% para 7,98% este ano. A estimativa para 2017 segue em 5,50%. Para o IGP-M, a estimativa passou de 7,29% para 7,72% este ano, e permanece em 5,50% em 2017. A estimativa para o IPC-Fipe, foi alterada de 7% para 7,04%, em 2016, e de 5,30% para 5,40%, no próximo ano. A projeção para os preços administrados permanece em 7,70% este ano e em 5,50% em 2017.
As instituições financeiras projetam queda do PIB para 3,33%, este ano, na quarta piora seguida. A estimativa anterior era 3,21%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por uma recuperação da economia, mas a projeção de crescimento está cada vez menor. No quarto ajuste seguido, a estimativa de expansão foi alterada de 0,60% para 0,59%. A projeção para a cotação do dólar foi alterada de R$ 4,35 para R$ 4,38, ao fim de 2016, e segue em R$ 4,40 ao fim de 2017 (ABr).

Supermercados estão pessimistas com o momento econômico

Supermercados temsproario

O total de empresários do setor de supermercados pessimistas com o cenário atual e futuro da economia brasileira atingiu 72% em janeiro. Este é o menor nível de confiança em toda série histórica, iniciada em junho de 2011, de acordo com a Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado, realizado pela APAS. O número bateu o mês de setembro de 2015, quando o indicador havia apontado o maior índice (70%).
Desta vez, todos os itens pesquisados (Inflação, PIB, Juros, Emprego, Vendas, entre outros) apontaram baixo ou nenhum grau de otimismo em relação à percepção atual ou à expectativa futura. “O nível de otimismo atual em relação à atividade econômica registrou 0%, ou seja, nenhum empresário acredita em uma recuperação em curto prazo. Esse resultado reflete o econômico e político vivenciado pelo país”, afirma o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano.
Com relação à taxa de inflação, apenas 3,2% dos empresários têm a percepção de que a inflação será reduzida em curto prazo. “A inflação elevada e persistente afeta o otimismo do setor. E esse cenário vem se degradando mês após mês diante do agravamento da crise política e econômica”. Sobre o momento atual, o pessimismo foi verificado em 75,1% e o otimismo, em 5,6%. “Esse cenário reflete um momento atual de extrema falta de confiança na economia, que tem gerado elevação do desemprego, com redução da renda da população, e perda do poder de compra”, finaliza Rodrigo Mariano.