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Economia 15 a 17/07/2017

em Economia
sexta-feira, 14 de julho de 2017
O comércio varejista paulista faturou R$ 590,8 bilhões em 2016.

Dia do Comerciante é marcado por otimismo e expectativa de crescimento

 O comércio varejista paulista faturou R$ 590,8 bilhões em 2016.

Comemorado neste domingo (16 de julho), o Dia do Comerciante tem o otimismo como o principal sentimento cultivado por varejistas e atacadistas paulistas, que vivem a expectativa pela retomada das vendas e das contratações de novos funcionários

Segundo dados da FecomercioSP, o comércio varejista paulista faturou R$ 590,8 bilhões em 2016, praticamente estável (0,1%) em relação a 2015. Essa estabilidade veio após um período de dois anos de quedas consecutivas nas vendas do setor, que acumulou perdas de 2,8% e 6,3% em 2014 e 2015, respectivamente.
Para 2017, a Federação projeta uma alta real de 5% no faturamento do varejo paulista. A Entidade afirma, porém, que os desdobramentos da crise política ao longo dos próximos meses serão decisivos para a consolidação dessa estimativa.
Ainda assim, a expectativa é mais positiva do que no mesmo período do ano passado. Diante da queda nas vendas, o ajuste no quadro de funcionários foi inevitável, e o comércio varejista eliminou pouco mais de 107 mil empregos com carteira assinada em 2015 e 2016. Com a recuperação já observada das vendas neste começo de ano, o mercado de trabalho também deve reagir.
Em abril, o setor abriu 1.570 vagas no Estado e encerrou o mês com 2.054.084 trabalhadores formais, sendo a maioria deles alocada nos setores de supermercados (31,4%); outras atividades (16,2%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (12,5%). O impulso que a recuperação do varejo de São Paulo deve dar para a economia nacional é grande e, somado à retomada do setor atacadista paulista,pode ser decisivos para decretar o fim do pior período de recessão da história brasileira. Os dois setores empregam, juntos,mais de 2,5 milhões de pessoas com carteira assinada no Estado de São Paulo (AI/FecomercioSP).

Indústria paulista fechou 9,5 mil vagas de emprego em junho

A indústria de produtos alimentícios fechou de 2,3 mil vagas.

A indústria paulista fechou o mês de junho com demissão de 9,5 mil trabalhadores, queda de 0,44% na comparação com o mês anterior. Na série com ajuste, o recuo chegou a 0,18%. Já no 1º semestre, o resultado foi positivo em 10 mil novas vagas de trabalho, o melhor resultado desde 2013. Na comparação nos primeiros semestres dos últimos três anos, as demissões somaram 1 mil, 62,5 mil e 57,5 mil, respectivamente. Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo, feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon).
De acordo com Fiesp, até dezembro de 2016 tivemos 21 meses seguidos de emprego negativo. “Neste 1º semestre tivemos três meses positivos e três negativos. Estamos em fase de transição. Esperamos uma retomada mais pronunciada do emprego na indústria no 2º semestre. A regulamentação da terceirização, a emenda constitucional do teto dos gastos públicos, a nova legislação da exploração do petróleo, e agora a aprovação da reforma trabalhista, são um conjunto de medidas que devem reativar a economia do país dando mais ânimo para as contratações”, avalia a federação.
Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de junho, apenas o de couro e calçados ficou positivo, com geração de 233 vagas. Seguindo, 17 ficaram negativos e 4 permaneceram estáveis. Do lado negativo, o destaque ficou por conta de produtos alimentícios, fechamento de 2,3 mil vagas; impressão e reprodução de gravações (-1.332); bebidas (-1.302) e móveis (-1.118) – (AI/Fiesp-Ciesp).

Consumidor paga menos ao parcelar fatura do cartão

A taxa média de juros do parcelamento do rotativo, usado para financiar a dívida do cartão de crédito que fica em aberto após o consumidor pagar o mínimo da fatura, chegou a 8,6% ao mês – ou 170,9% ao ano – em junho, segundo levantamento da Abecs, associação que representa o setor de cartões. No mês anterior, a taxa praticada foi de 8,8% ao mês (174,9% ao ano).
Após a mudança na regra que limita o uso do rotativo por até 30 dias, ocorrida em abril, os principais emissores de cartão, apesar de não serem obrigados, passaram a disponibilizar a opção de parcelamento da dívida do rotativo na própria fatura, permitindo ao consumidor financiar o saldo em aberto com juros menores e prestações fixas.
O custo da modalidade se mantém abaixo da taxa média cobrada no crédito rotativo, que também caiu no período, de 10,7% ao mês (237,1% ao ano), em maio, para 10,4% ao mês (227,2% ao ano), em junho, permanecendo entre os menores níveis históricos. O levantamento da Abecs é realizado com base em informações das seis principais instituições financeiras do País (Abecs).

Atividade econômica registrou queda de 0,51% em maio

A atividade econômica registrou queda em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou queda de 0,51%, comparado a abril, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (14). Na comparação entre maio e o mesmo mês de 2016, houve crescimento de 1,40%, de acordo com os dados sem ajustes já que são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em maio, a retração ficou em 2,23% e no ano, em 0,05%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

ONU pediu à Venezuela para abdicar da violência

O alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas emitiu um comunicado pedindo à Venezuela que abdique da violência e do assédio a integrantes da oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro. No texto, Zeid Al Hussein afirmou que está “profundamente preocupado” com a situação política do país. A informação é da ONU News.
Desde 1º de abril, 92 pessoas já morreram e 1519 ficaram feridas por conta dos protestos na Venezuela, segundo números da Procuradoria-Geral da República. A ONU afirmou que o governo deve tomar medidas para garantir que a Guarda Nacional Bolivariana e a polícia do país não usem de força excessiva contra os manifestantes. O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas também recebeu vários relatos de que integrantes das forças de segurança da Venezuela estariam intimidando os cidadãos para esvaziar os protestos. Mais de 450 pessoas já foram levadas a tribunais militares por causa de suas opiniões contra o governo e milhares de manifestantes foram presos de forma arbitrária (ONU News)