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Economia 13/11/2015

em Economia
quinta-feira, 12 de novembro de 2015

BB teve lucro líquido de R$ 3,1 bilhões no terceiro trimestre

O BB encerrou o trimestre com saldo de R$ 149,8bilhões em poupança.

O lucro líquido do Banco do Brasil (BB) atingiu R$ 3,062 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com balanço divulgado ontem (12)

No período de janeiro a setembro, o BB registrou lucro líquido de R$ 11,8 bilhões, o que representa crescimento de 43,5% em relação aos nove primeiros meses do ano passado. Os ativos do banco atingiram R$ 1,6 trilhão em setembro, aumento de 10% em 12 meses e 2,7% em relação ao trimestre anterior.
A carteira de crédito registrou aumento de 9,8%, em 12 meses, e atingiu R$ 804,6 bilhões, em setembro. No trimestre a alta foi 3,6%. O financiamento imobiliário, que registrou aumento de 34% em 12 meses e 6,4% no trimestre, foi o principal responsável pela alta. O financiamento ao agronegócio encerrou o terceiro trimestre com saldo R$ 171,8 bilhões na carteira ampliada.
A carteira de crédito ampliada, com clientes pessoa física, finalizou o terceiro trimestre com saldo de R$ 189,6 bilhões, crescimento de 8,1% em 12 meses. As linhas de Crédito Consignado, CDC Salário, Financiamento de Veículos e Crédito Imobiliário continuam expressivas, alcançando 79,5% do total da carteira. O saldo de crédito concedido às empresas encerrou setembro com R$ 362,2 bilhões, 5,9% maior nos 12 meses. O BB encerrou o trimestre com saldo de R$ 149,8 bilhões em poupança, alta de 1,7% em comparação ao segundo trimestre de 2015, reflexo de estratégias de comercialização do produto. Esta marca permitiu ao banco atingir seu melhor desempenho no ano (ABr).

Juros do cartão de crédito chegam a 368,27% ao ano

No cartão de crédito, a taxa passou de 361,40% (setembro) para 368,27% ao ano (outubro).

Os juros das operações de crédito voltaram a subir em outubro deste ano, conforme pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Das seis linhas de crédito avaliadas, todas apresentaram elevação no mês (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras). Com a alta, a taxa média de juros cobrada das pessoas físicas teve alta de 131,1% ao ano, em setembro, para 132,91% ao ano em outubro – a maior desde abril de 2009.
No cartão de crédito, a taxa passou de 361,40% ao ano (setembro) para 368,27% ao ano (outubro). No cheque especial, os juros cobrados chegaram a 226,39% ao ano, em outubro, os maiores desde setembro de 1999, quando foi registrada taxa de 241,98% ao ano.
Segundo a Anefac, as elevações decorrem do “cenário econômico que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência.
Este cenário se baseia no fato dos índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzirem a renda das famílias.
Agregado a isto o baixo crescimento econômico, o que deve promover no crescimento dos índices de desemprego. As linhas de crédito para as empresas também apresentaram elevação. Para pessoa jurídica, a taxa passou de 62,33% ao ano, em setembro, para 63,08% ao ano, em outubro deste ano – a maior desde abril de 2009 (ABr).

Os termos da compra da SABMiller pela AB Inbev

A companhia belgo-brasileira AB Inbev anunciou os termos da aquisição do grupo britânico SABMiller por US$ 107 bilhões, negócio que unirá as duas maiores cervejarias do planeta, responsáveis por quase um terço da produção mundial. Para que a operação tenha o aval das autoridades norte-americanas, a SABMiller aceitou vender por US$ 12 bilhões sua fatia de 58% em uma joint venture nos Estados Unidos com a Molson Coors, evitando que a AB Inbev tenha o domínio do mercado no país.
No entanto, isso está condicionado à conclusão da fusão entre a empresa britânica e a companhia belgo-brasileira. Os dois grupos também deverão lidar com as autoridades da China, onde a SABMiller controla 49% do setor. “Essa união criará o primeiro produtor de cerveja verdadeiramente global”, afirmou Carlos Brito, CEO da AB Inbev, que usará a aquisição para reforçar sua posição em mercados emergentes, com fortes perspectivas de crescimento em Ásia, América do Sul e África.
O grupo é dono de algumas das principais marcas de cerveja do mundo, como Stella Artois e Budweiser, além de importantes players locais e regionais, como Quilmes (Argentina), Corona (México), Norteña (Uruguai) e Brahma, Skol, Bohemia e Antarctica (Brasil) (ANSA).

Vendas no comércio caem 0,5% em setembro

O volume de vendas do comércio varejista recuou 0,5% em setembro, em comparação a agosto, informou o IBGE. Foi o oitavo resultado negativo seguido. A receita nominal do comércio varejista, porém, permaneceu estável (0,1%) pelo segundo mês consecutivo. De janeiro a setembro de 2015, as taxas acumuladas no varejo ficaram em -3,3% e nos últimos 12 meses em -2,1%.
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, voltou a registrar variação negativa na margem, com decréscimo de 1,5% em relação a agosto na série com ajuste sazonal. A receita nominal ficou em -1,2%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o varejo ampliado registrou quedas de 11,5% para o volume de vendas e de 4,4% para receita nominal.
De acordo com o IBGE, oito das 10 atividades pesquisadas apresentaram variação negativa em setembro em comparação a agosto. As maiores taxas negativas foram: veículos, motos, partes e peças (-4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%); e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%).