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Economia 13/07/2017

em Economia
quarta-feira, 12 de julho de 2017
O total de famílias endividadas passou de 2,028 milhões em maio para 1,925 milhão em junho.

Cai a proporção de famílias paulistanas endividadas

O total de famílias endividadas passou de 2,028 milhões em maio para 1,925 milhão em junho.

Apesar de a inflação desacelerar e da trajetória de queda da taxa de juros, alguns fatores como o desemprego elevado e a nova crise política ainda incomodam os consumidores paulistanos, que adotam uma postura conservadora no quesito endividamento

Em junho, 49,7% das famílias declararam ter algum tipo de dívida, queda de 2,7 pontos porcentuais (p.p.) na comparação com maio, quando 52,4% afirmaram ter dívidas. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando a proporção era de 49%, houve um leve aumento de 0,7 pp.
O total de famílias endividadas passou de 2,028 milhões em maio para 1,925 milhão em junho, sendo que em junho de 2016 esse número era de 1,881 milhão. Comparando junho ano a ano, o aumento de famílias endividadas foi de quase 44 mil. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela FecomercioSP. O principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, utilizado por 72% das famílias endividadas. Em seguida, vem crédito pessoal (13,8%), carnês (13,3%), financiamento de carro (12,9%), financiamento de casa (10,8%), cheque especial (6,5%) e crédito consignado (4,9%).
Do total das famílias endividadas, 51,6% têm entre 11% e 50% da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para 24,7% das famílias, o comprometimento com o pagamento de dívidas é menor que 10%, enquanto que para 20,1% das famílias endividadas esse comprometimento é superior a 50% da renda. Após três altas consecutivas, a inadimplência ficou praticamente estável (-0,2 p.p.), atingindo 19,0% em junho. Segundo a FecomercioSP, diante do quadro de desemprego ainda elevado, é inevitável a deterioração das variáveis relacionadas à inadimplência.

Comércio varejista teve queda de 0,1% em vendas em maio

Quatro dos oito segmentos apresentaram recuo no volume de vendas.

O volume de vendas no comércio varejista apresentou uma queda de 0,1% entre abril e maio, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados ontem (12) pelo IBGE. A queda veio depois de uma alta de 0,9% na passagem de março para abril. Na comparação com maio de 2016, o comércio registrou uma alta de 2,4%. Nos acumulados do ano e de 12 meses, no entanto, foram registradas quedas de 0,8% e 3,6% respectivamente.
Na passagem de abril para maio, quatro dos oito segmentos apresentaram recuo no volume de vendas: tecidos, vestuário e calçados (-7,8 %) , livros, jornais, revistas e papelaria (-4,5 %) , equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-2,8 %) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1 %). Por outro lado, quatro segmentos tiveram aumento das vendas: supermercados, alimentos, bebidas e fumo (1,4 %) , móveis e eletrodomésticos (1,2 %) , artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (0,9 %) e combustíveis e lubrificantes (0,6 %) .
Avaliando-se o varejo ampliado, que também reúne os materiais de construção e veículos e peças, houve uma queda de 0,7%, apesar dos dois segmentos citados terem apresentado alta: veículos (1,2 %) e material de construção (1,9 %). A receita nominal do comércio varejista teve crescimentos de 0,2% na comparação com abril, 3,1% na comparação com maio de 2016, 1,8% no acumulado do ano e 3,5% no acumulado de 12 meses. Já a receita do varejo ampliado caiu 1,2% na comparação com abril, mas cresceu 4,5% na comparação com maio de 2016, 1,1% no acumulado do ano e 0,2% no acumulado de 12 meses (ABr).

BB amplia capacidade de investimento dos municípios

O Banco do Brasil disponibiliza o ‘Programa Eficiência Municipal’, uma nova solução de crédito para o setor público. A linha permite o financiamento de projetos para cinco áreas essenciais da administração pública: saúde, educação, eficiência energética, modernização da gestão e infraestrutura viária. A iniciativa permite a contratação de até R$ 2 bilhões de crédito com os municípios.
O valor máximo de contratação por operação é de R$ 5 milhões, sujeito à margem disponível no limite de crédito do município, podendo o Banco financiar até 100% do investimento a ser realizado pelo ente público. Para municípios com população acima de 200 mil habitantes será admitida a contratação de operações de crédito com valor superior a R$ 5 milhões. O prazo de contratação varia de 60 a 96 meses, com seis meses de carência e taxas postecipadas que variam de 1,2% a 1,4% ao mês.
O financiamento está disponível em duas modalidades: aquisição de bens e serviços e projetos de investimentos. Integram a primeira categoria a compra de veículos, máquinas, equipamentos e softwares, como os utilizados para montagem de laboratórios de informática e aqueles necessários aos serviços de saúde e educação (ambulância, motolância, barcos para UBS fluvial, ônibus e embarcações escolares), dentre outros. Já a segunda envolve projetos que contemplam obras civis, como por exemplo as ações voltadas à melhoria de vias públicas (UAI/BB).

Angra 3 busca sócio privado para concluir construção

A Usina Nuclear de Angra 3 será concluída com a participação de uma empresa privada internacional de energia, mas será operada pela Eletronuclear, que deverá ter participação majoritária na Sociedade de Propósito Específico (SPE) a ser criada para viabilizar a conclusão do empreendimento. A informação foi dada ontem (12) pelo presidente da Eletronuclear, Bruno Campos Barreto.
Barreto informou que a subsidiária da Eletronuclear mantém negociações, com a participação da Eletrobras, com empresas do setor de energia da China, Rússia e França, que surgem como a alternativa mais viável para a continuidade e conclusão da obra. “A parceria é a opção mais viável para a retomada e conclusão das obras de Angra 3, e a parceria com uma dessas empresas é a opção mais viável. Estamos bastante adiantados nesses contatos e a conclusão será em uma avaliação conjunta com a Eletrobras”, disse Bruno Campos.
O presidente da Eletronuclear disse que, em algum momento, os resultados desse entendimento serão apresentados para avaliação conjunta também com o Ministério de Minas e Energia e o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)(ABr).