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Economia 13/04/2017

em Economia
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 4,68%.

Bancos liberam quase R$ 14 bilhões para financiar carros

Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 4,68%.

O total de recursos liberados nos dois primeiros meses de 2017 somou R$ 13,9 bilhões

Esse volume representa um aumento de 13,2% no volume de negócios na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os bancos concederam financiamentos na ordem de R$ 12,2 bilhões. Para as operações de CDC foram liberados R$ 13,7 bilhões, enquanto os R$ 217 milhões envolveram as operações de leasing.
Na avaliação do presidente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras), Gilson Carvalho, essa ligeira alta é um sinal de que o consumidor está, aos poucos, recuperando sua confiança. “O volume de negócios ainda é bastante tímido, mas indicam que as pessoas estão voltando a investir na aquisição de um veículo novo. Essa deverá ser a tendência para 2017: o consumidor mantém sua cautela, mas já esboça mais confiança para adquirir ou trocar seu veículo”, afirma.
Em fevereiro os bancos liberaram R$ 6,4 bilhões em CDC, volume 11,5% inferior ao registrado no mês anterior, mas 10,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Desse total, R$ 5,7 bilhões foram destinados para as pessoas físicas e os 663 milhões restantes para as pessoas jurídicas. Já para as operações de leasing foram liberados R$ 113 milhões, alta de 8,7% em relação a janeiro e redução de 36,5% na comparação com fevereiro de 2016. O maior volume, de R$ 90 milhões, foi destinado para as empresas e o restante para pessoas físicas (ANEF).

Aumentou a inflação dos idosos no 1º trimestre

Um sinal de que o consumidor está, aos poucos, recuperando sua confiança.

O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) variou 1,38% no primeiro trimestre de 2017, informou ontem (12), o Instituto Brasileiro de Economia da FGV. O índice mede a variação da cesta de consumo de famílias compostas majoritariamente por indivíduos com mais de 60 anos de idade. Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 4,68%, acima da taxa acumulada pelo IPC-BR (Índice de Preços ao Consumidor – Brasil), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que ficou em 4,55% no mesmo período.
A taxa aumentou 0,45 ponto percentual (pp) do quarto trimestre de 2016 para o primeiro trimestre de 2017(de 0,93% para 1,38%). Três das oito classes de despesas componentes do índice registraram acréscimo. A principal contribuição para o aumento foi no grupo Habitação, cuja taxa passou de -0,16% para 2,02%. O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesas foi a tarifa de eletricidade residencial, que variou 5,76%, no primeiro trimestre, ante -6,25% no anterior.
Contribuíram também para o acréscimo da taxa do IPC-3i os grupos Alimentação (de 0,31% para 1,12%) e Educação, Leitura e Recreação (de 2,66% para 2,95%). Os itens com maior variação foram respectivamente laticínios (-10,30% para 0,94%) e cursos formais (0,00% para 9,19%).
Em contrapartida, tiveram queda nas taxas de variação os grupos Transportes (de 2,37% para 0,39%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,82% para 1,74%), Comunicação (de 1,03% para -1,07%), Vestuário (de 0,75% para -0,19%) e Despesas Diversas (de 1,54% para 1,51%) (ABr).

Governo agiliza exame de patentes e entrada de genéricos

O exame de patentes de medicamentos e a chegada de novos genéricos ao mercado serão agilizados, com a assinatura de acordo entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A avaliação é dos presidentes da Anvisa, Jarbas Barbosa, e do Inpi, Luiz Otávio Pimentel.
Ontem (12), no Palácio do Planalto, em Brasília, foi assinada uma portaria conjunta que põe fim ao impasse de 16 anos entre os dois órgãos na área de produtos e processos farmacêuticos. A medida envolve mais de 20 mil pedidos de patente. Com a nova regra, a Anvisa fica responsável pela análise dos pedidos com foco no impacto à saúde pública, enquanto o Inpi será responsável pelos critérios de patenteabilidade.
De acordo com Barbosa, a medida ajudar a ampliar o lançamento de produtos genéricos por conta da análise mais rápida. Isso porque o impasse entre os órgãos fazia com que a patente ficasse vigente por prazo superior ao previsto de 10 anos. Enquanto a patente está vigente, não é possível lançar medicamentos genéricos. “Dá previsibilidade e o tempo da patente só vai ser o previsto na lei, não vai ter essa extensão indevida”, disse (ABr).

Mercado de papelão ondulado tem retomada

O setor de embalagens de caixa de papelão ondulado tem mostrado uma trajetória de recuperação desde janeiro. O mês de março seguiu a tendência e, segundo dados preliminares da ABPO – Associação Brasileira de Papelão Ondulado, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado registrou o número de 292.153 toneladas.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, o índice registrou 272.854 toneladas, uma alta de 7% nas expedições. Na Mazurky, empresa de embalagens de papelão ondulado do ABC Paulista, a melhora do mercado já é refletida na linha de produção da empresa. “Nós tivemos 22% de crescimento em março comparando com março de 2016 e 18% de crescimento de media no ano comparando com 2016”, afirma o empresário Eduardo Mazurkyewistz.
Para o empresário, este resultado renovou as expectativas da empresa e ele espera voltar a investir na contração de funcionários assim que o desempenho do setor se firmar. “Se o resultado das nossas vendas continuar em crescimento, daqui três ou quatro meses, iremos abrir novos postos de trabalho e investir em mais maquinário”, explicou (ABPO).