123 views 6 mins

Economia 13/03/2018

em Economia
segunda-feira, 12 de março de 2018
Presidente Temer, senhora Juliana Awada, e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Valparaíso.

Mercosul e UE estão próximos de fechar acordo definitivo

Presidente Temer, senhora Juliana Awada, e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Valparaíso.

O presidente Michel Temer disse que após 19 anos de tratativas, o Mercosul e a União Europeia estão próximos de fechar um acordo “em definitivo”

Ele participou no domingo (11) da cerimônia de posse do presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, em Valparaíso. Segundo Temer, ainda faltam alguns pontos para resolver e fechar um tratado de livre comércio com os europeus. O Mercosul busca diminuir as barreiras tarifárias para produtos como grãos e alimentos, dos quais são grandes exportadores.
“Os chanceleres da União Europeia e do Mercosul vão se reunir proximamente. Eu acho que, depois de 19 anos, foi isso que eu e o Macri concordamos. Nós talvez fechemos, em definitivo, o acordo Mercosul e União Europeia”, disse o presidente, após ter se reunido com o presidente da Argentina, Maurício Macri.
Temer disse ainda que conversou com o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, sobre um possível acordo do bloco formado pelo Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Venezuela com a Aliança do Pacífico, formada por Chile, Colômbia, México e Peru.
O acordo com o bloco vizinho gira em torno do aumento no comércio entre os países, considerado ainda baixo. Também está voltado para a diminuição de tarifas cooperação alfandegária, promoção de pequenas e médias empresas, redução de barreiras não tarifárias e facilitação no comércio de bens e serviços.
“Conversei até com o presidente do Peru [Pedro Pablo Kuczynski], muito rapidamente, mas com vistas a logo fazermos uma aliança do Mercosul com a Aliança do Pacífico”, disse (ABr).

Mercado financeiro reduz projeção de inflação deste ano para 3,67%

A projeção está mais distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%.

O mercado financeiro reduziu pela sexta semana seguida a estimativa para a inflação este ano. A expectativa do mercado para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 3,70% para 3,67%, de acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), elaborada com base em pesquisa sobre os principais indicadores econômicos.
A projeção está mais distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao passar de 4,24% para 4,20%, abaixo do centro da meta de 4,25%. Na última sexta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 0,32% em fevereiro, o menor índice para o mês desde o ano 2000 (0,13%).
Nesse cenário de inflação baixa e economia se recuperando, o mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida em 0,25 ponto percentual, de 6,75% para 6,50% ao ano, neste mês. A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. De acordo com a previsão das instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao longo de 2019, terminando o período em 8% ao ano. A estimativa para o crescimento do PIB deste ano caiu de 2,90% para 2,87%. Para 2019, a projeção é mantida em 3% há seis semanas consecutivas (ABr).

Produção do setor eletroeletrônico cresceu 17,4% em janeiro

A produção do setor eletroeletrônico apontou crescimento de 17,4% em janeiro de 2018 na comparação com o mesmo mês de 2017, puxado pelas expansões da indústria eletrônica (31,9%) e da indústria elétrica (4,9%). É o que mostram os dados divulgados pelo IBGE e agregados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O desempenho foi melhor do que o registrado pela indústria geral (+ 5,7%).
No acumulado dos últimos 12 meses, a produção da indústria eletroeletrônica soma crescimento de 7,2%. Em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, a produção do setor apresentou queda de 1,9%. A indústria eletrônica recuou 0,5% e a indústria elétrica, -3,3%. O resultado foi menos pior do que o verificado pela indústria brasileira, que recuou 2,4% em janeiro frente a dezembro do ano passado. O presidente da Abinee, Humberto Barbato, destaca que os bens de consumo eletrônicos continuam registrando expansões robustas, mas as áreas relacionadas à infraestrutura também começam a recuperar a sua capacidade produtiva (Abinee).