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Economia 11/07/2018

em Economia
terça-feira, 10 de julho de 2018
Conab temproario

Conab atualiza produção de grãos para 228,5 milhões de toneladas

A estimativa da safra de grãos do Brasil, a segunda maior da história, deve ser de 228,5 milhões de toneladas, com uma redução de 3,9% ou 9,2 milhões de toneladas a menos que a da safra passada, quando chegou a 237,7 milhões de t

Conab temproario

Em comparação com o último levantamento, a produção diminuiu 1,2 milhão de toneladas. Foto: Divulgação

Por sua vez, a expectativa para a área é de 61,6 milhões de hectares, a maior já registrada. Os números são do 10º levantamento divulgado ontem (10), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em comparação com o último levantamento, realizado no mês passado, a produção diminuiu 1,2 milhão de toneladas. O resultado da queda se deve aos impactos climáticos que refletiram numa nova estimativa de produtividade para o milho segunda safra. Mesmo com um menor desempenho neste índice, o cereal terá uma produção total de 82,9 milhões de toneladas, sendo grande parte desse volume devido à colheita da segunda safra, algo próximo a 56 milhões de toneladas.
Com boa produtividade, a soja é destaque positivo com uma produção que pode chegar a 118,9 milhões de toneladas. Registraram aumento o algodão em pluma, o feijão segunda safra e o trigo, quando comparados com a safra anterior. O primeiro subiu 28,5%, alcançando 1,9 milhão de toneladas, o segundo, 7,7%, chegando a 1,3 milhão de t, e por último o trigo, com aumento de 15% e alcance de 4,9milhões de toneladas.
Área – Entre as culturas avaliadas, a soja registrou o maior volume de área semeada, com um aumento de 33,9 para 35,1 milhões de hectares e ganho absoluto de 1,2 milhão de ha.
Outros ganhos absolutos ocorreram com o algodão que chegou a 1,2 milhão de hectares, graças ao aumento de 236,9 mil ha, e com o feijão segunda-safra que obteve 1,5 milhão de hectares, com o ganho de 108,3 mil ha. Neste caso, contribuiu muito o feijão caupi que, pelo acréscimo de 158,5 mil ha, obteve 1 milhão de hectares. O desempenho poderia ser melhor, se não houvesse redução de área do milho primeira e segunda safras, em razão de expectativas de mercado. O primeiro caiu de 5,5 para 5,1 milhões de hectares e o segundo, de 12,1 para 11,6 milhões de ha (GI/Conab).

Balança comercial de petróleo e gás é positiva

Balanca temproario

O superávit foi obtido principalmente por meio da exportação de petróleo. Foto: Divulgação/Petrobras

O Brasil acumulou nos primeiros cinco meses de 2018 um saldo positivo de US$ 3,196 bilhões no comércio exterior de petróleo, derivados e gás natural, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustível (ANP) atualizados em 2 de julho. O superávit foi obtido principalmente por meio da exportação de petróleo, que teve um saldo de US$ 7,177 bilhões nos primeiros cinco meses do ano.
As exportações de petróleo somaram US$ 8,847 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 1,670 bilhão. O gás natural, por sua vez, pesa contra a balança comercial, uma vez que o Brasil apenas importa e não exporta o recurso. Até maio de 2018, foram importados US$ 788 milhões, segundo a ANP. No caso dos derivados de petróleo, há exportações e importações, mas o saldo também é negativo em US$ 3,191 bilhões. As importações foram de US$ 5,820 bilhões e as exportações totalizaram US$ 2,628 bilhões.
O comércio exterior de petróleo, derivados e gás natural até maio de 2018 já está próximo do resultado de 2017, que teve um saldo positivo de US$ 3,598 bilhões. De janeiro a maio, o saldo médio mensal chegou a US$ 639 milhões. Se esse resultado médio obtido se mantiver em todos os meses até o fim do ano, o superávit da balança comercial pode passar dos US$ 7,6 bilhões para petróleo, derivados e gás natural, somatório que superaria o resultado de 2017 em mais de 100% (ABr).

Aumenta a projeção para a inflação

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram pela oitava semana seguida a estimativa para a inflação este ano. A projeção para o IPCA subiu de 4,03% para 4,17%. A informação consta da pesquisa Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo BC, com projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para as instituições financeiras, o IPCA em 2019 será 4,10% (mesma estimativa há 3 semanas) e 4% em 2020 e em 2021.
Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o final de 2018. Para 2019, a expectativa é aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Para as instituições financeiras, o IPCA em 2019 será 4,10% (mesma estimativa há 3 semanas) e 4% em 2020 e em 2021. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
A projeção para a expansão do PIB caiu de 1,55% para 1,53%, neste ano. Para 2019, a estimativa segue em 2,50%. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano, e em de R$ 3,60, no fim de 2019. Para 2020, a estimativa é R$ 3,63. No final de 2021, a previsão é R$ 3,70 (ABr).

Mercado de trabalho apresenta piora

Os dois indicadores de mercado de trabalho da FGV apresentaram piora em junho. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências do mercado de trabalho com base em entrevistas com consumidores e com empresários da indústria e dos serviços, caiu 5,6 pontos. Com a queda, o indicador atingiu 95,5 pontos em uma escala de zero a 200, próximo ao patamar de janeiro de 2017, quando o indicador atingiu 95,6 pontos.
Essa é a quarta queda consecutiva do Iaemp, que acumulou perda de 11,5 pontos no primeiro semestre. A queda do indicador mostra a perda de confiança em uma maior geração de emprego ao longo dos próximos meses. “A atividade econômica mais fraca, observada pelos indicadores do primeiro semestre, reflete uma situação atual e futura dos negócios mais difícil. O crescimento está abaixo do previamente esperado e, com isso, a consequência deverá ser menor contratação”, afirma o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho.