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Economia 11/04/2017

em Economia
segunda-feira, 10 de abril de 2017
A queda da inflação começa a provocar efeitos positivos da atividade varejista.

Atividade do Comércio avança 0,6% em março

A queda da inflação começa a provocar efeitos positivos da atividade varejista.

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o país cresceu 0,6% em março

Em relação ao mesmo mês do ano passado (março/16), o recuo da atividade varejista foi de 1,9%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, a queda da inflação, o recuo das taxas de juros e uma melhora dos níveis de confiança do consumidor estão começando a provocar efeitos positivos, na margem, da atividade varejista do país, ainda que tal movimento se dê de forma não generalizada.
A maior alta observada no varejo em março foi o crescimento de 1,7% do setor de combustíveis e lubrificantes, seguida pelo avanço de 0,8% do segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas. Na direção negativa, registrou queda de 3,3% no setor de veículos, motos e peças, retração de 1,6% em móveis, eletroeletrônicos e informática, recuo de 2,8% em segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, e queda de 2,2% no segmento de material de construção.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2016, todos os segmentos varejistas recuaram nestes primeiros dois meses de 2017, a saber: supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-5,2%); móveis, eletroeletrônicos e informática (-11,8%); combustíveis e lubrificantes (-2,5%); veículos, motos e peças (-10,2%); tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-10,9%); e material de construção (-12,9%) (Serasa Experian).

Mercado financeiro espera queda na Selic

A projeção para a taxa ao final de 2017 é de 8,50% ao ano.

Instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central (BC), esperam que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida em 1 ponto percentual indo para 11,25% ao ano, na reunião do Copom, marcada para hoje (11) e amanhã (12), em Brasília. A projeção para a taxa ao final de 2017 foi reduzida de 8,75% para 8,50% ao ano. Para o fim de 2018, a expectativa segue em 8,50% ao ano.
Com a inflação mais baixa, o BC tem indicado que pode intensificar os cortes na taxa básica de juros. A redução estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. A estimativa do mercado financeiro para inflação caiu pela quinta vez seguida. Desta vez, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi levemente ajustada de 4,10% para 4,09%.
A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta, que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa passou de 4,5% para 4,46%. A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (PIB) este ano foi alterada de 0,47% para 0,41%. Para o próximo ano, a estimativa segue em 2,5% .

Cresce a confiança dos pequenos e médios empresários

Pequenos e médios empresários brasileiros estão mais otimistas para o segundo trimestre de 2017. É o que mostra Índice de Confiança do Pequeno e Médio Empresário (IC-PMN), ao registrar 65,06 pontos, um avanço de 3,04%, na comparação com o primeiro trimestre do ano. A pesquisa é elaborada pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper, com apoio do Santander.

“No segundo trimestre o IC-PMN conseguiu se recuperar da queda registrada no trimestre anterior. Aparentemente, foi superada a frustração do final do ano passado com a demora para o surgimento de sinais positivos na economia”, afirmou o professor Gino Olivares, responsável pela pesquisa. A expectativa de uma melhora no cenário econômico ajudou a impulsionar o resultado do IC-PMN para o período, com uma alta de 6%, quando comparada com a projeção para o 1º trimestre de 2017.

Os pequenos e médios empresários também sinalizaram mais otimismo para os próximos três meses nas categorias: Ramo, com alta de 3,8% e total de 68,35 pontos; Faturamento, com 70,34 pontos (3,5%); Lucro, com 69,01 pontos (3,1%) e Investimento, com 61,19 pontos (1,2%). Em Emprego, a percepção dos empresários, manteve-se praticamente estável com 56,92 pontos (0,5%).

“A retomada gradual da confiança do empresário contribui para a tomada de decisão nos negócios. Cada vez mais, o Santander quer estar próximo dos pequenos e médios empresários, disponibilizando as soluções financeiras mais adequadas para cada cliente”, afirma Marcelo Aleixo, superintendente executivo do segmento Negócios & Empresas do Banco Santander (Insper).