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Economia 11/01/2017

em Economia
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
O setor de serviços continua sendo o mais procurado por quem quer empreender.

De janeiro a outubro, mais de 1,7 milhão de empresas foram criadas

O setor de serviços continua sendo o mais procurado por quem quer empreender.

Entre janeiro e outubro de 2016 foram criadas no Brasil 1.702.958 novas empresas, o maior número para o período desde 2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas

Trata-se de uma quantidade 0,7% superior ao anotado nos dez primeiros meses de 2015, quando ocorreram 1.691.652 nascimentos. No mês de outubro de 2016, porém, houve queda de 1,8% nos novos empreendimentos em relação ao mês anterior: o indicador apontou a criação de 159.991 novas empresas, número menor que os 162.979 de setembro de 2016.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, apesar de o período entre janeiro e outubro de 2016 apresentar um número recorde de novas empresas criadas no país, determinado pelo chamado empreendedorismo de necessidade (com a destruição de vagas no mercado formal de trabalho, pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas visando a geração de alguma renda, por conta das dificuldades econômicas atuais), já é possível observar tendência de desaceleração na criação de novos negócios.
O número de novos Microempreendedores Individuais (MEIs) nascidos nos dez primeiros meses deste ano foi de 1.344.539 contra 1.290.204 no mesmo período de 2015, alta de 4,2%. As Sociedades Limitadas registraram criação de 148.017 unidades, representando queda de 12,4% em relação ao intervalo anterior, quando 168.894 empresas surgiram. A criação de Empresas Individuais caiu 21,1%, a maior queda entre as naturezas jurídicas, com um total de 113.237 novos negócios entre janeiro e outubro de 2016; de janeiro a outubro do ano passado, o número havia sido de 143.506.
A crescente formalização dos negócios no Brasil é responsável pelo aumento constante das MEIs, registrado desde o início da série histórica do indicador. Em sete anos, passaram de menos da metade dos novos empreendimentos (48,1%, em 2010) para 79,0% no último levantamento. O setor de serviços continua sendo o mais procurado por quem quer empreender: de janeiro a outubro de 2016, 1.068.965 novas empresas surgiram neste segmento, o equivalente a 62,8% do total. Em seguida, 487.142 empresas comerciais (28,6% do total) e, no setor industrial, foram abertas 142.011 empresas (8,3% do total) neste mesmo período (Serasa Experian).

Emprego na construção teve queda de 14,5% em 12 meses

Emprego na construção civil teve queda de 14,5% no acumulado de 12 meses até novembro. Saldo negativo é de 437 mil postos de trabalho.

O nível de emprego na construção civil registrou queda de 14,5% no acumulado de 12 meses até novembro, gerando um saldo negativo de 437 mil postos de trabalho. Os dados foram divulgados pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre janeiro e novembro de 2016, houve corte de 461.849 vagas em todo o país.
Desconsiderando efeitos sazonais, foram fechadas 26.917 vagas em novembro. O nível de emprego caiu 2,20% em novembro na comparação com outubro, a 26ª queda consecutiva. A deterioração do mercado de trabalho afetou quase todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foraam anotados no Norte (-3,71%) e no Centro-Oeste (-2,67%).
Por segmento, preparação de terreno e infraestrutura observaram as maiores quedas em novembro, de 3,73% e 3,31%, respectivamente. No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário teve a maior queda (-17,66%), seguido por preparação de terreno (-14,77%).
O agravamento do desemprego na construção, com o fechamento de mais de 58 mil postos de trabalho, já era esperado pelo setor, considerando a queda contínua no volume de obras. Segundo o sindicato, o volume de novas obras deve continuar reduzido nos próximos meses, o que poderia ser amenizado por medidas emergenciais e mais reformas microeconômicas (ABr).

Telecom nega rumores sobre fusão entre TIM e Oi

A Telecom Italia voltou a negar ontem (10) rumores sobre uma eventual fusão entre sua subsidiária TIM Brasil e a Oi, fortalecidos após uma entrevista do bilionário egípcio Naguib Sawiris ao jornal “Folha de S. Paulo”.
Ao diário paulista, o magnata disse que virá ao Brasil nas próximas semanas para convencer o governo de que é a “melhor opção” para salvar a Oi, empresa que está em recuperação judicial e possui uma dívida de R$ 65,4 bilhões.
Na entrevista, Sawiris afirmou ainda que, após a retomada da operadora, poderá avaliar uma fusão com a TIM, companhia pela qual já havia demonstrado interesse em 2014. “Não há nenhuma intenção de unir a TIM Brasil com a Oi, e os boatos da imprensa não têm fundamento”, garantiram fontes da Telecom Italia. Nos últimos anos, circularam rumores sobre uma possível união entre as duas empresas, mas a negociação foi negada repetidas vezes tanto pela Telecom quanto pela TIM.
Em outubro passado, o presidente da subsidiária brasileira do grupo italiano, Stefano De Angelis, declarou que não pretendia nem olhar para a Oi por pelo menos seis meses. Segundo o executivo, a operadora possui problemas nos quais a TIM “não quer se meter” – o pedido de recuperação judicial da Oi é considerado o maior da história do Brasil (ANSA).