China vai impor medidas antidumping sobre importação de frangoA China vai impor, provisoriamente, medidas antidumping sobre a importação de frango brasileiro, por considerar que seus produtores sofrem concorrência desleal do país, anunciou na sexta-feira (8) o Ministério do Comércio daquele país Essas medidas supõem que os importadores deverão pagar aos depósitos alfandegários chineses entre 18,8% e 38,4%, que é a faixa de dumping (venda de produtos com preço abaixo de mercado) que as autoridades de Pequim calculam que têm as exportações brasileiras desse produto. A decisão foi tomada depois que uma pesquisa determinou que o dumping está ocorrendo nas exportações do frango brasileiro, o que vem prejudicando “substancialmente” o setor chinês, disse o comunicado do ministério. O Brasil é a origem de mais de 50% das importações de carne de frango do país asiático. A China é o maior consumidor mundial de frango brasileiro, e 85% das importações congeladas dessa carne procedem do Brasil. A decisão da China é resultado de investigações sobre a prática de dumping que começaram em agosto do ano passado, por solicitação de produtores locais. Mas ainda é uma decisão provisória uma vez que o prazo de conclusão da investigação é agosto deste ano, com a possibilidade de prorrogação por mais 12 meses. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que “não há qualquer nexo causal entre as exportações de carne de frango do Brasil e eventuais situações mercadológicas locais”. “Os esclarecimentos apresentados pelo setor produtivo e pelas agroindústrias exportadoras deixaram clara a ausência de qualquer possível dano aos produtores e ao mercado chinês”, acrescenta a associação. A entidade considera que a medida é “um retrocesso nas boas relações comerciais construídas por brasileiros e chineses ao longo desta década, bem como na parceria visando à complementariedade na garantia da segurança alimentar da China” (ABr). |
Faturamento do varejo paulista cresceu 7,6% em marçoEm março, as vendas do comércio varejista no Estado cresceram 7,6%, em termos reais, em relação ao mesmo mês de 2017 e atingiram R$ 55,6 bilhões, montante R$ 3,9 bilhões superior ao apresentado um ano antes. É o maior faturamento para um mês de março desde o início da série histórica, em 2008. Com esses resultados, a variação acumulada no primeiro trimestre de 2018 foi de 6,7%, que representa um aumento de R$ 9,9 bilhões nas receitas em comparação ao mesmo período de 2017, já descontada a inflação. Os dados são da pesquisa realizada mensalmente pela FecomercioSP, com informações da Sefaz-SP. Como vem ocorrendo desde julho de 2017, todas as atividades do comércio e todas as 16 regiões do Estado registraram crescimento nas vendas no comparativo anual, evidenciando a consolidação do processo de recuperação do setor. Em março, destaque para o varejo das regiões de Taubaté (11,9%), Campinas (11,5%) e Guarulhos (11,4%). Entre as nove atividades analisadas, ressalta-se o bom desempenho de supermercados (10%); outras atividades (9,3%); e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (8%), que, somadas, contribuíram com 5,9 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral. De acordo com a FecomercioSP, as maiores taxas de crescimento no trimestre estão ligadas aos segmentos de bens duráveis, cujos desempenhos estão atrelados à retomada do crédito e à recuperação do nível de confiança dos consumidores. O momento do comércio varejista se explica pela conjunção positiva do tripé de determinantes do consumo – inflação, emprego e crédito –, que está elevando o nível de confiança das famílias e das empresas. A melhoria dessas variáveis, embora gradual, está acontecendo de forma contínua e persistente, abrindo espaço para a reação do varejo em ritmo promissor (AI/FecomercioSP) | Produção industrial cresceu em dez dos 15 locais pesquisadosA produção industrial cresceu em dez dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, na passagem de março para abril deste ano. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, os principais avanços foram registrados na Bahia (7%) e no Rio de Janeiro (6%). Outros estados com alta foram Minas Gerais (4,4%), Paraná (3,3%), Rio Grande do Sul (2,2%), Pernambuco (2,1%), Santa Catarina (1,9%), Espírito Santo (1,4%) e São Paulo (0,3%). A Região Nordeste, que é analisada em seu conjunto, teve avanço de 5,6%. Os estados com queda na produção industrial de março para abril foram Pará (-8,1%), Amazonas (-4,1%), Goiás (-1,5%), Ceará (-1,3%) e Mato Grosso (-0,1%). Na comparação com abril do ano passado, foram registradas altas em 13 locais, com destaque para os estados de São Paulo (14,8%), Santa Catarina (14,6%) e Mato Grosso (14,4%). Os locais com queda foram Espírito Santo (-2,1%) e Pará (-0,7%). No acumulado do ano, foram registrados crescimentos em 13 locais. A maior alta foi observada no Amazonas (21,5%). No acumulado de 12 meses, houve alta em 13 lugares, com destaque para Pará (10,2%) e Amazonas (10,1%). A queda atingiu dois locais: Espírito Santo (-1,3%) e Pernambuco (-0,2%) (ABr). Retorno de empresas ao SimplesA Comissão de Indústria e Comércio da Câmara aprovou o projeto do deputado Jorginho Mello (PR-SC), que permite o retorno ao Simples Nacional dos microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte excluídos do regime especial em 1º de janeiro por dívidas tributárias. O retorno ocorrerá desde que iniciem o pagamento das dívidas por meio do Refis da microempresa. Com o projeto, as microempresas terão um prazo para aderir ao parcelamento das dívidas e retornar ao regime especial da tributação. “A medida é meritória do ponto de vista econômico, uma vez que permitirá fôlego financeiro a um grande número de empresas geradoras de emprego, preservando sua capacidade produtiva, a bem de toda a economia brasileira”, disse o relator, deputado Covatti Filho (PP-RS). O projeto será analisado agora pelas comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça. Depois segue para o Plenário da Câmara (Ag.Câmara). |