Alimentos pressionam a inflação no início de junho O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou, na primeira apuração de junho, 0,85% Essa variação foi 0,13 ponto percentual maior do que a registrada no fechamento de maio quando a taxa alcançou 0,72%. O levantamento, feito pelo Ibre da FGV, refere-se à variação de preços coletados no período de 8 de maio a 7 de junho, comparados aos valores apurados de 8 de abril a 7 de maio. O IPC-S calcula com agilidade mudanças de curso na trajetória dos preços em sete capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Brasília. O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. Dos oito grupos pesquisados, cinco apresentaram acréscimos, com destaque para alimentação cujos itens ficaram em média 1,08% mais caros. A alta anterior foi 0,82%. Entre os itens alimentícios que mais contribuíram para esse aumento estão as hortaliças e legumes, com correção de 11,74%. A elevação anterior foi 9,58%. Também registraram aumento de preços os seguintes grupos: despesas diversas, que passou de uma alta de 2,67% para 4,45%, sob a influência do reajuste nas apostas de jogos lotéricos; educação, leitura e recreação, com destaque para os ingressos em salas de espetáculo, e transportes, índice puxado pelo preço da gasolina. No grupo comunicação, o índice manteve-se em baixa de 0,04%, mas a queda foi menos expressiva do que no fechamento de maio quando havia recuado 0,07%. A habitação, que vinha pressionando a inflação, registrou decréscimo. Neste caso, o resultado está associado a uma queda na pressão da tarifa de eletricidade residencial, que registrou aumento menor: de 2,07%, na apuração anterior, para 1,44%. Também diminuiu o ritmo de alta em saúde e cuidados pessoais: o índice registrado foi 1,06%. A pesquisa anterior registrou 1,21%. A queda foi gerada pelo comportamento dos medicamentos, que tiveram elevação de 1,24%. No registro anterior, a elevação foi 1,92%. |
Estabilidade nas vendas no Dia dos Namorados Seguindo a tendência de desaceleração econômica do varejo, assim como o período do Dia das Mães, o mês dos namorados não têm expectativas de crescimento neste ano. Segundo a FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas), em todo o estado, o possível crescimento não deve chegar a 1% em relação ao ano passado e os consumidores devem gastar no máximo entre R$60,00 e 100,00 reais. Dados da pesquisa realizada pela entidade apontam que os lojistas também estão cautelosos com o período e pretendem liquidar os produtos que ficaram em estoque das lojas do Dia das Mães em promoções para o Dia dos Namorados. “No momento, o consumidor se comporta de forma conservadora administrando seus recursos para não contrair dívidas nem empréstimos devido às altas taxas dos juros e da inflação. Além disso, é a primeira vez que o brasileiro está enfrentando inadimplência com contas básicas, como água, luz e telefone, sem considerar ainda que o desemprego tem crescido. Por este motivo, muitos clientes estão comprando com mais equilíbrio e procurando por presentes que caibam no bolso, fazendo com que o varejo ainda mantenha vendas estáveis no mês”, afirma o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff. Segundo a entidade, para os lojistas e empresários, o momento é de usar a criatividade. Com o objetivo de atrair o consumidor, muitas redes estão investindo em promoções e divulgações nas redes sociais, com produtos inovadores e preços acessíveis. Brindes, descontos e facilidade de pagamento são estratégias que podem auxiliar para o aumento do consumo na semana que antecede a data comemorativa. | Atividade do comércio cresceu em maioDe acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas em maio avançou 0,6% em relação ao mês de abril. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 3,4%. No acumulado do ano até agora, isto é, de janeiro a maio, a atividade varejista avançou 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento do custo do crediário, a baixa disposição do consumidor em contrair novas dívidas, a alta da inadimplência e da inflação estão prejudicando o dinamismo da atividade varejista neste ano, mantendo-a com baixo ritmo de crescimento. A maior retração do consumidor nas lojas em ocorreu no segmento de veículos, motos e peças, o qual recuou 1,9% frente abril. Também observou-se retração de 0,8% no setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Na direção contrária, tivemos elevações modestas no movimento dos consumidores nas lojas de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática (+0,4%) e nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (alta de 0,3%). Já os segmentos de combustíveis e lubrificantes (+1,6%) e de material de construção (+2,4%) registraram expansões mais significativas. |