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Economia 07/07/2015

em Economia
segunda-feira, 06 de julho de 2015

Mudança de hábitos do consumidor causada pela inflação

Os consumidores decidiram trocar produtos com os quais estavam acostumados por marcas mais baratas.

Segundo pesquisa realizada pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e Ciesp, 81% dos entrevistados perceberam significativos aumentos de preços nos últimos seis meses e mudaram hábitos de consumo

A alta de itens dos setores de alimentação e bebidas foi citada por 87% dos entrevistados. Em seguida vêm energia elétrica, gás e água (59%), habitação (33%) e transporte (32%).
Com o impacto dos aumentos, a maioria dos consumidores decidiu trocar produtos com os quais estavam acostumados por marcas mais baratas (51%) e produtos mais baratos (42%). Refeições fora de casa foram reduzidas (27%), assim como o uso de serviços pessoais (12%). Cinco por cento dos entrevistados trocaram o meio de transporte que utilizavam. A elevação das tarifas de energia elétrica também foi sentida pelas famílias, que reduziram o consumo, assim como a utilização de eletrodomésticos, por exemplo, para driblar as contas.
O estudo aponta também que a combinação do aumento dos preços, alta de juros e a percepção de que os salários não acompanharam a inflação reduziu a intenção das famílias em contrair novas dívidas, o que afeta diretamente o poder de compra. A pesquisa ficou a cargo da Pulso Brasil em âmbito nacional entre os dias 12 e 26 de maio de 2015. Foram entrevistadas 1.200 pessoas.

Mercado eleva projeção de inflação para 2015

Para tentar frear a alta dos preços, o Copom do BC tem elevado a a Selic.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram pela 12ª semana seguida a projeção para a inflação de 2015. Desta vez, a estimativa para o IPCA subiu de 9% para 9,04%. Há quatro semanas, a projeção estava em 8,46%. Para 2016, a estimativa caiu de 5,50% para 5,45%. O próprio BC projeta inflação em 9%, este ano, muito acima do teto da meta (6,5%). O BC só espera alcançar o centro da meta (4,5%) em 2016.
Para tentar frear a alta dos preços, o Copom do BC tem elevado a taxa básica de juros, a Selic. A taxa já foi elevada seis vezes seguidas e o BC tem sinalizado que o ciclo de alta continua. Embora ajude no controle dos preços, o aumento da Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.
A expectativa das instituições financeiras para a retração da economia, este ano, passou de 1,49% para 1,50%. Essa é a sétima piora seguida na estimativa para o PIB. Para o próximo ano, a projeção é de crescimento, mas de apenas 0,5%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 4,72%, contra 4% previstos na semana passada. Em 2016, a projeção de crescimento passou de 1,50% para 1,35%. A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 3,20 para R$ 3,22, ao final de 2015, e de R$ 3,37 para R$ 3,40, no fim de 2016 (ABr).

Japoneses devem retomar compra de carne brasileira em agosto

O governo japonês enviará, em agosto, um grupo de técnicos ao Brasil que inspecionarão laboratórios, frigoríficos e fazendas para acelerar a abertura do mercado do país à carne brasileira. A expectativa é de que as barreiras impostas pelo Japão sejam superadas. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura. A ministra Kátia Abreu está no Japão, onde cumpre uma extensa agenda de trabalho.
Além de negociar a ampliação do comércio com o Brasil, ela busca a parceria dos japoneses para projetos como o Programa de Investimento em Logística. “Queremos, com muita compreensão, que o governo japonês conheça de fato o sistema brasileiro de defesa, porque temos certeza que eles eliminarão suas preocupações. Nada hoje é mais importante para o ministério do que aprimorar o sistema de defesa animal e vegetal”, disse Kátia Abreu à vice-ministra da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, Keiko Nagaoka.
A vice-ministra informou que o assunto será encaminhado de forma proativa. “Hoje trocamos muitas informações importantes em nível técnico. Gostaríamos de dar andamento a essa discussão de forma proativa”, disse Keiko Nagaoka, de acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Agricultura (ABr).