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Economia 06/10/2016

em Economia
quarta-feira, 05 de outubro de 2016
Investimentos na economia caíram pelo segundo mês consecutivo.

Indicador de Investimentos na economia caiu 2,8%

Investimentos na economia caíram pelo segundo mês consecutivo.

Os investimentos na economia brasileira – medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo – caíram pelo segundo mês consecutivo, fechando agosto em menos 2,8%, na comparação com julho, na série livre de influências sazonais

A constatação é do Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo, divulgado ontem (5). A segunda queda consecutiva dos investimentos se deu após crescimento verificado em junho, quando o indicador cresceu “expressivos” 8,2%.
O indicador mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital utilizados para a produção de outros bens. Ao analisar as duas quedas, o coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea, José Ronaldo Castro Junior, considerou normal, principalmente, levando em conta a expansão expressiva de 8,2% em junho. “O Investidor em formação bruta de capital fixo é muito volátil e é normal no mundo todo este sobe e desce que está diretamente ligado à confiança na economia. Há aí todo um clima de expectativa para uma queda do PIB no fechamento do ano”.
Mesmo com o crescimento expressivo de junho (8,2%), o Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo do Ipea ainda apresenta números negativos neste último trimestre encerrado em agosto, com a retração dos investimentos chegando a 0,4% na comparação com a média do trimestre anterior (março, abril e maio). A queda do indicador em agosto foi resultado do mau desempenho de dois componentes desse índice.
“Pelo lado do comércio exterior, as exportações caíram 0,7%, mas foi o volume de importações de bens de capital que foi o grande destaque negativo do resultado de agosto, ao registrar forte queda de 14,6%”. Os dados indicam, ainda, que o indicador da construção civil caiu 3,8% em agosto, frente ao mês anterior, o que acontece pelo terceiro mês consecutivo, ainda na comparação com ajuste sazonal. No ano, essa atividade chega a acumular perda de 5,1% (ABr).

Pedidos de recuperações judiciais batem recorde

As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial.

O número de recuperações judiciais requeridas bateu recorde histórico em setembro. Foram 244 requerimentos contra 137 em agosto, revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. No acumulado de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 62,0% (1.479 ocorrências contra 913).
As micro e pequenas empresas lideraram os requerimentos de recuperação judicial de janeiro a setembro, com 917 pedidos, seguidas pelas médias (357) e pelas grandes empresas (205). Na verificação mensal de setembro, as MPEs também ficaram na frente com 176 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 40, e as grandes com 28.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recorde histórico atingido pelos pedidos de recuperações judiciais em setembro revela a gravidade da situação financeira das empresas brasileiras, especialmente a das micro e pequenas. Enfrentando prolongada recessão, que deteriora o fluxo de caixa, combinada com adversas condições creditícias (juros altos e restrições de acesso), acabam tendo que recorrer ao instrumento da recuperação judicial como mecanismo de sobrevivência (Serasa Experian).

Índice de commodities teve alta de 1,84%

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, subiram em setembro. O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), apresentou alta de 1,84% em setembro comparado a agosto deste ano. Em 12 meses encerrados em setembro, o índice acusou queda de 13,32% e no acumulado do ano, de 10,80%.
O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior. O BC observa os produtos que são relevantes para a dinâmica dos preços ao consumidor no Brasil. No mês passado, o segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) registrou alta de 3,22%, enquanto o de metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) subiu 2,23%.
O segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco) teve alta de 1,55%. O índice internacional de preços de commodities CRB, calculado pelo Commodity Research Bureau, teve queda de 0,21% em setembro e de 17,22%, em 12 meses (ABr).