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Economia 06/07/2016

em Economia
terça-feira, 05 de julho de 2016

Indústria nacional desenvolve genérico para HIV

O genérico foi desenvolvido pela empresa brasileira Blanver.

O Brasil pode ter o primeiro genérico do medicamento norte-americano Truvada, que previne contaminação pelo vírus HIV, causador da aids, e que atualmente é importado pelos brasileiros a um custo elevado

O Ministério da Saúde também importa componentes do Truvada para distribuição pelo SUS. O genérico foi desenvolvido pela empresa brasileira Blanver, integrante do grupo de indústrias farmacêuticas que firmaram Parcerias com o Ministério da Saúde.
A indústria desenvolve a tecnologia de medicamentos e tem prazo de cinco anos para transferir essa tecnologia para a Fiocruz. No fim desses cinco anos, a Fiocruz domina o processo e passa a fornecer diretamente para o ministério. A Blanver entrará com o pedido de registro do genérico do Truvada na Anvisa nos próximos dias, informou o presidente-executivo (CEO) da empresa, Sérgio Frangioni. No momento, o dossiê sobre o genérico está sendo finalizado.
O remédio é composto por dois princípios ativos (Entricitabina e Tenofovir). Quando tomado diariamente, ele reduz o risco de a pessoa contrair o vírus. Frangioni disse que já foram cumpridas todas as etapas do processo de desenvolvimento da droga, incluindo a formulação, iniciada em 2012, a estabilidade do produto e a fase de bioequivalência, quando o genérico é comparado com o produto de referência e tem sua eficácia comprovada.
Frangioni adiantou que o Truvada não tem disponibilidade no mercado nacional e, por isso, é importado atualmente. Esclareceu que a prevenção “é para indivíduo que não foi exposto”. Já o Ministério da Saúde fornece o antirretroviral Tenofovir para pessoas com o vírus. “Hoje, o ministério fornece os medicamentos para tratamento, não para prevenção pré-exposição. Ele só fornece para prevenção pós-exposição” (ABr).

Caiu a inflação para famílias com renda mais baixa

Divulgação

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação dos preços da cesta de compras para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou inflação de 0,57% em junho deste ano. A taxa é menor que a de maio (0,84%), segundo dados divulgados ontem (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IPC-C1 acumula 5,28% no ano e 9,52% em 12 meses. As taxas registradas para famílias com renda até 2,5 salários mínimos são superiores à inflação média para todas as faixas de renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR). Em junho, o IPC-BR teve taxa de 0,26%. Já no acumulado de 12 meses, o IPC-BR ficou em 8,54%.
A queda do IPC-C1 na passagem de maio para junho foi provocada por recuos em cinco das oito classes de despesa que compõem o índice: saúde e cuidados pessoais (a taxa passou de 1,71% em maio para 0,38% em junho), despesas diversas (de 4,31% para 0,40%), habitação (de 1,18% para 0,90%), vestuário (de 0,48% para 0,33%) e comunicação (de 0,22% para 0,18%).
Por outro lado, três grupos tiveram alta: alimentação (de 0,53% para 0,68%), transportes (de -0,40% para -0,01%) e educação, leitura e recreação (de 0,16% para 0,50%) (ABr).

Recuperação judicial da Oi

A Anatel está procurando empresas que tenham interesse em ser administradoras judiciais no processo sobre o pedido de recuperação judicial do Grupo Oi. O aviso sobre a consulta dos interessados foi publicado no Diário Oficial da União de ontem (5). Empresas interessadas em participar devem preencher um questionário disponível no site da Anatel (www.anatel.gov.br) até a próxima sexta-feira (8). O administrador judicial tem a função de fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial acordado.
Segundo determinação da justiça, a Anatel terá que indicar até cinco nomes de pessoas jurídicas com idoneidade e expertise para serem avaliados para nomeação como administrador judicial do caso Oi. No mês passado, a empresa ingressou com pedido de recuperação judicial que inclui dívidas de R$ 65,4 bilhões. (ABr).