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Economia 05/09/2017

em Economia
segunda-feira, 04 de setembro de 2017
Os destaques ficaram por conta das atividades de serviços de saúde com alta de 21,6%.

Faturamento do setor de serviços paulistano registrou alta

Os destaques ficaram por conta das atividades de serviços de saúde com alta de 21,6%.

Em julho, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo cresceu pelo sétimo mês consecutivo, em relação ao mesmo mês de 2016

Com receitas de R$ 23,8 bilhões, o aumento foi de 5,2%, aproximadamente R$ 1,2 bilhão a mais do que em julho do ano passado. No acumulado do ano, o faturamento real cresceu 3,5%, atingindo R$ 162 bilhões. Nos últimos 12 meses, houve um ligeiro aumento, de 0,7%, o primeiro resultado positivo após 21 quedas consecutivas.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços elaborado pela FecomercioSP com base nos dados de arrecadação do ISS do município. Das 13 atividades pesquisadas, oito apontaram crescimento em relação ao mesmo mês do ano passado. Os destaques ficaram por conta das atividades de serviços de saúde (21,6%); agenciamento, corretagem e intermediação (16,4%); e Simples Nacional (10,1%). Somadas, elas colaboraram positivamente com 4,8 pontos porcentuais (p.p) para o resultado geral.
Os piores resultados foram vistos nas atividades de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (-26,9%); e técnico-científico (-10%), que, em conjunto, impactaram negativamente com 1,2 ponto porcentual para o resultado geral do setor de serviços. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a queda da inflação e os juros menores, com o ciclo de cortes na taxa Selic, melhoraram a confiança do consumidor, estimulando o crescimento das receitas do setor de serviços no município.
Considerando o caráter heterogêneo das atividades que englobam o setor de serviços, a melhora nas receitas, na visão da Federação, acaba sendo um bom termômetro da atividade econômica geral (AI/FecomercioSP).

Mercado financeiro eleva projeção do crescimento da economia

Mercado financeiro reduziu de 3,45% para 3,38% estimativa da inflação para este ano.

O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação e aumentou a estimativa para o crescimento da economia este ano. De acordo com o boletim Focus, divulgado ontem (4) pelo Banco Central (BC), a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), foi ajustada de 0,39% para 0,5% este ano e mantida em 2% para 2018.
Na última sexta-feira (1º), o IBGE informou o PIB do segundo trimestre do ano com alta de 0,2% na comparação com primeiro trimestre, na série ajustada sazonalmente. Na comparação com o segundo trimestre de 2016, a variação do PIB foi de 0,3%. A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,45% para 3,38% este ano. Para 2018, a projeção do IPCA foi reduzida de 4,20% para 4,18%.
As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,50%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%. Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 9,25% ao ano. A próxima reunião do Copom, responsável por definir a Selic, está marcada para hoje (5) e amanhã (6). A expectativas das instituições financeiras é que a Selic seja reduzida nesta reunião em 1 ponto percentual para 8,25% ao ano.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 foi mantida em 7,25% ao ano. Para o fim de 2018, permanece em 7,50% ao ano (ABr).

Governo planeja abrir escritório do Banco do Brics no país

O presidente Michel Temer disse ontem (4) que o Brasil está trabalhando para a abertura no país de um escritório do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado Banco do Brics. Ele deu a declaração durante a abertura da 9ª cúpula dos chefes de Estado e de Governo do Brics, bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul, na cidade chinesa de Xiamen.
O chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, disse que este é um assunto que tem que ser tratado diretamente com o Banco do Brics, mas que está “muito adiantada” a negociação para a abertura de uma representação da instituição multilateral em São Paulo ou no Rio de Janeiro. “Isso vai ser concretizado no curto prazo”, disse Nunes.
Em meados de agosto, o banco, com sede em Xangai, abriu um centro regional em Joanesburgo, na África do Sul. O banco financia projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável nos países do Brics, mas as operações podem ser estendidas a nações em desenvolvimento que desejem fazer empréstimos com a instituição (ABr).