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Economia 11/02/2016

em Economia
quarta-feira, 03 de fevereiro de 2016

Projeção para inflação sobe para 7,56% este ano

Além de inflação alta, as instituições financeiras projetam retração da economia em 2016.

A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano continua a subir. No sexto ajuste seguido, a projeção para o IPCA passou de 7,26% para 7,56%

Para 2017, passou de 5,80% para 6%, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI, que subiu de 7% para 7,72% este ano. A estimativa para 2017 segue em 5,50%. Para o IGP-M, a estimativa passou de 7,18% para 7,29% este ano, e de 5,49% para 5,50% em 2017. A estimativa para o IPC-Fipe, foi alterada de 6,27% para 7,% em 2016. Para o próximo ano, a projeção subiu de 5,18% para 5,30%. A projeção para os preços administrados permanece em 7,70% este ano e em 5,50% em 2017.
Além de inflação alta, as instituições financeiras projetam retração da economia em 2016. A estimativa para a queda do PIB piorou pela terceira vez seguida, ao passar de 3,01% para 3,21%. A projeção para a retração da produção industrial este ano passou de 3,80% para 4%. A estimativa para o déficit em transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, passou de US$ 33,55 bilhões para US$ 33 bilhões este ano.
A projeção para o superávit comercial foi alterada de US$ 37,90 bilhões para US$ 36,35 bilhões este ano, e de US$ 40 bilhões para US$ 39,3 bilhões em 2017. A projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 4,35, ao fim de 2016, e em R$ 4,40 ao fim de 2017.
Na avaliação das instituições financeiras, o investimento direto no país deve chegar a US$ 55 bilhões este ano e a US$ 60 bilhões em 2017. A projeção para a dívida líquida do setor público passou de 40% para 40,2% do PIB este ano (ABr).

Exportação de sisal melhora renda de agricultores baianos

As exportações somaram US$ 124 milhões de dólares, 7% a mais que em 2014.

A produção em 2015 de sisal no Brasil, maior produtor e exportador mundial da fibra, foi estimada pela Conab em 91,1 mil toneladas. O volume é 4,7% inferior às 95,4 mil toneladas de 2014, mas os preços subiram 30%, assegurando renda ao produtor. Os preços médios anuais recebidos saltaram de R$ 2,37 o quilo em 2014 para R$ 3,08 em 2015. Com isso, foram beneficiados todos os agentes da cadeia produtiva do sisal, incentivando também novas plantações e a melhoria do setor.
Em 2015, foram exportadas 66,2 mil toneladas do produto, 5% a menos que no ano anterior. Tal retração foi compensada por um aumento no valor FOB médio obtido, em dólares, e pela valoração cambial ocorrida no período. As exportações somaram US$ 124 milhões de dólares, 7% a mais que em 2014, o maior volume de divisas obtido desde 1980 – início da série histórica.
O reflexo disso é o ingresso de cerca de R$ 400 milhões de reais no Território do Sisal. Para o técnico Ivo Naves, que produziu o relatório, os números são pequenos se relacionados com a magnitude da produção agrícola brasileira e das exportações agrícolas nacionais. “No entanto, o resultado é de alta relevância socioeconômica e ambiental para os cerca de 140 municípios, que compõem o Território do Sisal, no semiárido brasileiro, e que têm no sisal a maior geradora de empregos e renda na região e uma das únicas culturas ali possíveis”, destaca (Conab).

Negócios com feira de alimentos em Dubai

A Apex levará este ano 86 empresas brasileiras à Gulfood, principal feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio. O evento ocorre em Dubai, entre o próximos dias 21 e 25. A estimativa da Apex é o fechamento de US$ 659 milhões em negócios, durante a feira e ao longo dos 12 meses seguintes. No ano passado, 72 empresas brasileiras participaram da Gulfood, e os negócios chegaram a US$ 646 milhões. A expectativa da Apex para este ano é de um aumento de 2% no volume negociado.
O coordenador de Promoção de Negócios da agência, Rafael Prado, admite que o momento de retração da atividade econômica interna e a valorização do dólar aumentam o interesse das empresas brasileiras pelas exportações. “Não basta querer exportar. Se a empresa estiver pronta, vai com a gente [a missões e feiras para prospectar clientes e fechar negócios]. Se não, precisa fazer capacitação”, explica. Rafael informa que a Apex oferece a capacitação sem custos, por meio do Programa de Extensão Industrial da Empresa Exportadora (Peiex), direcionado a empresas iniciantes no comércio exterior.
No caso de eventos como a Gulfood, a assessoria oferecida pela Apex é mais especializada (ABr).