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Economia 03/10/2019

em Economia
quarta-feira, 02 de outubro de 2019
Petrobras temporario

Aumentou a inadimplência de micro e pequenas empresas

Segundo estudo da Serasa Experian, 5,5 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes em julho de 2019, um novo recorde da série histórica iniciada em março/16.

Considerando empreendimentos de todos os portes, 5,8 milhões estavam com compromissos financeiros negativados em julho. Foto: SerasaExperian/reprodução

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve um aumento de 5,6%, impulsionado pelo segmento de Serviços, cuja participação em julho foi de 48,4%, com alta de 9,6% na relação com o mesmo período de 2018. Comércio (42,8%) e Indústria (8,3%) aparecem na sequência. Na comparação com junho de 2019, o acréscimo foi de 0,6%.

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “setores fortemente ligados à renda dos brasileiros, como o de Serviços, acabam reunindo o maior volume de empreendimentos com contas atrasadas e negativadas devido à precária geração de caixa. Com isso, os empreendedores buscam crédito para cobrir rombos em seus orçamentos, sem retorno imediato e, por isso, acabam deixando de honrar os compromissos financeiros”, comenta.

Considerando empreendimentos de todos os portes (micro, pequenas, médias e grandes empresas), 5,8 milhões estavam com compromissos financeiros atrasados e negativados em julho, aumento de 4,4% em relação a julho/18. Na análise com junho, o número se manteve estável em 5,8 milhões. As micro e pequenas empresas representam 95% do montante total.

Todas as empresas estão sujeitas a impactos negativos dos movimentos da economia, por isso é preciso ter as contas e o planejamento em ordem para evitar surpresas e a dificuldade de acesso ao crédito por conta da inadimplência. Caso o empreendimento, novo ou não, acabe deixando de honrar algum compromisso financeiro, a melhor alternativa para voltar ao mercado de crédito é renegociar a dívida (AI/SerasaExperian).

Bolsonaro: “Estamos fazendo o dever de casa”

Turismo temporario

Presidente Jair Bolsonaro: retomada de investimentos e o equilíbrio das contas públicas do país. Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (2) que a aprovação da reforma da Previdência é uma maneira de dar um sinal que “estamos fazendo o dever de casa” para a retomada de investimentos e o equilíbrio das contas públicas do país. Bolsonaro comentou a aprovação em primeiro turno, no Senado, do texto-base da proposta de emenda à Constituição que reforma as aposentadorias.

De acordo com o presidente, é uma “reforma necessária”. “Não temos plano B, nem pra mim, nem pra ninguém. Os outros governos tentaram fazer e não conseguiram”, disse aos apoiadores que o aguardavam na saída do Alvorada. Após quatro horas de sessão, o plenário do Senado aprovou a proposta por 56 votos a favor, 19 contra e nenhuma abstenção. Eram necessários 49 votos, equivalentes a três quintos dos senadores mais um, para que a medida avançasse.

A proposta ainda precisa ser aprovada em segundo turno para ser promulgada. A partir daí, as novas regras de aposentadoria, pensões e auxílios passam a valer. A expectativa é que isso aconteça antes do próximo dia 10.

Ministério suspende venda de marcas de azeite de oliva fraudado

Trinta e três marcas de azeites de oliva tiveram a comercialização suspensa pelo Ministério da Agricultura por terem sido adulteradas. A maior parte das fraudes foi feita com a mistura com óleo de soja e óleos de origem desconhecida. As marcas que praticaram fraudes foram:

Aldeia da Serra, Barcelona, Casa Medeiros, Casalberto, Conde de Torres, Dom Gamiero, Donana (premium), Flor de Espanha, Galo de Barcelos, Imperador, La Valenciana, Lisboa, Malaguenza, Olivaz, Oliveiras do Conde, Olivenza, One, Paschoeto, Porto Real, Porto Valencia, Pramesa, Quinta da Boa Vista, Rioliva, San Domingos, Serra das Oliveiras, Serra de Montejunto, Temperatta, Torezani (premuim), Tradição, Tradição Brasileira, Três Pastores, Vale do Madero e Vale Fértil.

As fiscalizações que detectaram as marcas irregulares são resultantes da Operação Isis. Essas marcas referem-se a coletas realizadas em 2017 e 2018. O processo é lento pois envolve exames laboratoriais, notificação dos fraudadores, perícias, períodos para apresentação de defesa e julgamentos desses recursos em duas instâncias administrativas. O nome da operação é uma referência à deusa do antigo Egito que detinha o conhecimento sobre a produção das oliveiras.

Praticamente não existe mais estoque no mercado desses lotes que foram reprovados, pois os remanescentes foram destruídos após o julgamento dos processos administrativos. Embora os supermercados tenham sido alertados quanto às marcas, muitos comerciantes ainda insistem em vender esse tipo de produto em razão do baixo preço. Em 2020, a fiscalização vai se tornar ainda mais rigorosa, pois o ministério estuda a utilização de aparelhos portáteis, que fazem análise preliminar bastante precisa, no momento da fiscalização (Mapa).

EUA e China devem retomar negociações comerciais

(NHK/ABr)

Uma autoridade da Casa Branca informou que os Estados Unidos e a China vão retomar negociações comerciais em nível ministerial em Washington na semana que vem. O conselheiro de Comércio Exterior da Casa Branca, Peter Navarro, declarou, em um programa da FOX TV, que o representante americano iria se encontrar com o vice-premiê chinês, Liu He, no próximo dia 10.

Estas serão as primeiras negociações em nível ministerial desde os encontros mantidos em Xangai, em julho. Liu deve se encontrar com o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer. Washington e Pequim têm imposto tarifas cada vez mais altas entre si e agora a disputa comercial está causando impacto em suas economias.

O presidente Donald Trump, está ansioso para pedir à China que compre mais produtos agrícolas americanos. Isso levou a especulações de que os dois lados irão discutir um acordo temporário na área de comércio de bens agrícolas. Algumas autoridades linha-dura do governo Trump, no entanto, querem que seja feito um acordo mais abrangente, também cobrindo as supostas violações chinesas aos direitos de propriedade intelectual.

Índice de Preços cai em 4 das 7 capitais pesquisadas

Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu em quatro das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), de agosto para setembro. A maior queda foi observada em São Paulo: -0,38 ponto percentual, ao passar de uma inflação de 0,28% em agosto para uma deflação (queda de preços) de 0,10% em setembro.

Outras duas cidades também tiveram quedas na taxa do IPC-S e registraram deflação em setembro: Belo Horizonte (-0,32 ponto percentual, indo de 0,28% para -0,04%) e Rio de Janeiro (-0,23 ponto percentual caindo de 0,14% para -0,09%). Em Porto Alegre, a taxa recuou 0,10 ponto percentual e a cidade passou teve estabilidade de preços.

Das outras três cidades com alta na taxa, o maior aumento foi registrado em Salvador (0,21 ponto percentual, indo de 0,20% para 0,41%). Em Recife, a alta foi de 0,04 ponto percentual: de 0,04% para 0,08%. Brasília teve alta de 0,09 ponto percentual. Passou de uma deflação de 0,07% para uma inflação de 0,02%.

OMC autoriza EUA a sobretaxar produtos da UE

A Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou ontem (2) os Estados Unidos a imporem uma sobretaxa alfandegária contra US$ 7,5 bilhões em produtos da União Europeia. A medida é uma forma de compensação pelas ajudas dadas pelo bloco ao consórcio aeroespacial Airbus, consideradas ilegais pela própria OMC em maio de 2018.

O valor de US$ 7,5 bilhões é o maior já reconhecido pela organização, mas o caso ainda deve ter desdobramentos. A OMC se pronunciará no ano que vem sobre o tamanho das sobretaxas que a UE poderá impor contra produtos dos EUA, que foram sancionados por ajudas à Boeing, concorrente da Airbus. Ainda assim, o governo Trump já teria pronta uma lista de potenciais alvos das sobretaxas alfandegárias, que vão de aviões a vinhos, queijos e outras especialidades gastronômicas.

Isso pode abrir uma nova frente na guerra comercial do presidente, cuja disputa tarifária com a China freou o crescimento da economia mundial. “Ainda que os Estados Unidos tenham obtido autorização da OMC, aplicar contramedidas agora seria míope e contraproducente”, disse a comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmstrom (ANSA).