França diz que ainda não ratificará acordo UE-MercosulA França informou ontem (2) que não está “preparada” para ratificar, neste momento, o acordo de livre-comércio assinado entre o Mercosul e a União Europeia (UE), o qual levou mais de 20 anos para ser negociado. Emmanuel Macron e Jair Bolsonaro durante cúpula do G20 em Osaka em 28 de junho. Foto: YahooNoticias/Reprodução “No momento, a França não está pronta para ratificar o acordo entre União Europeia e Mercosul”, disse a porta-voz do governo de Paris, Sibeth Ndiaye, em entrevista à rede BFM TV. Segundo ela, a França quer analisar “os detalhes” do acordo e, após isso, “decidirá o que fazer”. “Como no caso do acordo entre UE e Canadá, a França pretende pedir ‘garantias’ aos países do Mercosul”, completou. A França é um dos países europeus mais reticentes ao acordo com o Mercosul, pois teme efeitos negativos em seu setor agrícola com a entrada de produtos sul-americanos no mercado. Além disso, o ministro francês do Meio Ambiente, François de Rugy, disse que o tratado só será “ratificado se o Brasil respeitar seus compromissos” ambientais. “É preciso lembrara todos os países, entre eles o Brasil, de suas obrigações. Quando assinamos o Acordo Climático de Paris, colocamos em prática uma política que permite atingir objetivos de redução de emissão de gases de efeito estufa e de proteção da Floresta Amazônica”, ressaltou. No último fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro tinha dito esperar que o Brasil fosse o primeiro país a aprovar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e UE. Para vigorar, o acordo precisa do aval dos Parlamentos de todos os países-membros dos blocos. O acordo foi anunciado na última sexta-feira, durante a cúpula do G20 em Osaka, no Japão (ANSA). | |
Produção industrial caiu 0,2% de abril para maioNo acumulado do ano, houve queda de 0,7%. Foto: Luiz Chaves/Pal.Piratini Agência Brasil A produção industrial brasileira recuou 0,2% na passagem de abril para maio. O dado foi divulgado ontem (2), pelo IBGE. A queda veio depois de uma alta de 0,3% em abril, na comparação com março. Por outro lado, a produção industrial teve alta de 7,1% na comparação com maio de 2018, depois das quedas de 3,9% em abril e de 6,2% em março. De abril para maio, a queda foi puxada pelos bens de consumo. Os bens duráveis apresentaram um recuo de 1,4% e os semi e não duráveis caíram 1,6%. Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos do setor produtivo, tiveram alta de 0,5%, enquanto os bens intermediários – os insumos industrializados usados no setor produtivo -, avançaram 1,3%. Dezoito dos 26 ramos industriais tiveram queda na produção de abril para maio, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (2,4%), bebidas (3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (7,1%), outros produtos químicos (2%), produtos de metal (2,3%), produtos de minerais não-metálicos (2,1%) e produtos diversos (5,8%). Entre os oito ramos com alta na produção, o melhor desempenho foi apresentado pelas indústrias extrativas, que avançaram 9,2% e eliminaram parte do recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses de 2019. Também teve alta importante o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%). | Energia solar deve ganhar cerca de seis mil novas empresasO setor de energia solar vive um crescimento exponencial no Brasil com uma taxa de cerca de 500 novas empresas por mês, segundo mapeamento do Portal Solar, maior marketplace do segmento no País. A perspectiva é chegar no fim do ano com aproximadamente seis mil companhias entrantes no mercado fotovoltaico nacional. Somente nos últimos 12 meses, as empresas de engenharia e instalação que atuam no segmento de geração solar distribuída geraram aproximadamente 8 mil empregos. Estimativas do setor dão conta de que as companhias de geração solar distribuída empregam atualmente 20 mil profissionais, com investimentos acumulados que ultrapassam R$ 4 bilhões em usinas de autogeração de energia em residências, comércios e indústrias. O País possui hoje mais de 80 mil sistemas fotovoltaicos instalados em telhados e pequenos terrenos, num total de 827 megawatts (MW) em operação. Em pesquisa realizada no primeiro semestre, com mais de 1,5 mil empresas, o Portal Solar constatou que 41,2% das companhias trabalham com energia solar fotovoltaica a menos de um ano; 27,1% de um a dois anos; 19,5% de dois a três anos; e apenas 12,3% atuam mais de quatro anos. Outro dado é que 6% ultrapassaram a marca de 50 sistemas instalados, 57,9% instalaram de 10 a 50 sistemas e 36,4% ainda não completaram três instalações. Fonte e mais informações: (www.portalsolar.com.br). Emprego na indústria eletroeletrônica se mantém estávelO nível de emprego da indústria eletroeletrônica ficou praticamente estável em maio, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com base em informações do Caged. Para o presidente da Abinee, Humberto Barbato, uma retomada das contratações depende de uma melhor previsibilidade da economia, a partir da adoção de medidas pelo governo. “Temos vivido um ambiente de insegurança jurídica, que prejudica os investimentos e as contratações no nosso setor”, afirmou. “Precisamos de uma maior estabilidade no ambiente político e econômico para que o País volte a crescer” (AI/Abinee). |