Indústria cresce 0,5% no 1º semestre, melhor resultado desde 2003A produção industrial brasileira encerrou o primeiro semestre com crescimento de 0,5%, o melhor resultado para os seis primeiros meses desde a expansão de 3% no mesmo período de 2003 Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil (PIM-PF) divulgada ontem (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do crescimento no primeiro semestre do ano, na série livre de influências sazonais, a indústria fechou junho com crescimento zero (0,0%) frente a maio, após dois meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou expansão de 2,5%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o resultado da indústria apontou expansão de 0,5% em junho de 2017, segundo resultado positivo consecutivo, mas menos intenso do que os 4,1% do mês anterior, na mesma base de comparação. Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, fechou junho com queda de 1,9%, dando prosseguindo a redução no ritmo de queda na taxa anualizada, que vem se verificando desde junho de 2016, quando a retração da indústria foi de 9,7%. A estagnação verificada de maio para junho reflete queda em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 12 dos 24 ramos industriais pesquisados (ABr). |
Varejo paulista cai, mas dá sinal de retomada progressivaO volume de vendas do varejo do Estado de São Paulo caiu 2,9% em maio na comparação com igual mês do ano passado, segundo a pesquisa ACVarejo da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A queda reflete o desemprego elevado e a baixa disponibilidade de crédito, que impactam a confiança do consumidor e a intenção de compras. Mas o dado aponta para uma perda de intensidade das retrações, uma vez que os recuos foram maiores em abril (-3,7%), março (-3,9%), fevereiro (-11,2%) e janeiro (-6,7%) ? também sobre iguais períodos de 2016. “Mesmo em patamar negativo em maio, o resultado é uma radiografia do início de uma gradativa recuperação, que poderá se fortificar com a permanência do ritmo das reduções dos juros e o aumento do salário real das famílias”, analisa Alencar Burti, presidente da ACSP. Segundo ele, o freio nas quedas se deve à liberação do FGTS, à redução dos juros, à pequena recuperação do poder aquisitivo (em função do recuo da inflação) e à base de comparação fraca de 2016. Os dados são do varejo ampliado, que inclui as seguintes atividades: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos; lojas de material de construção; lojas de móveis e decorações; lojas de vestuários, tecidos e calçados; outros tipos de comércio varejista; supermercados (ACSP). Paralisações de caminhoneiros em oito estadosCaminhoneiros fazem protesto em diversas estradas do país contra o aumento do preço dos combustíveis. Os protestos ocorrem desde a noite de segunda-feira (31). Os caminhoneiros estão barrando o fluxo de caminhões em diversos trechos de rodovias estaduais e municipais. As manifestações foram registradas em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Espírito Santo, de acordo com as Polícias Rodoviárias Federais nos estados. “Na maior parte das interdições os caminhoneiros em deslocamento são convidados a participar. A Polícia Rodoviária Federal continua monitorando possíveis pontos de bloqueio e em tratativas para que se restabeleça o fluxo nos pontos onde as manifestações ocorrem”, disse a PRF em nota. O Porto de Santos está paralisado desde as 6h00 de ontem (1º) devido à paralisação. Apenas os caminhões que já estavam dentro do porto conseguiram sair, segundo informações do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista (Sindicam) (ABr). | Estratégia para transformação digital do BrasilO ministério da Ciência e Tecnologia recebe, até o próximo dia 31, contribuições em uma consulta pública sobre a Estratégia Brasileira para a Transformação Digital. O documento-base da estratégia está disponível para quem se cadastrar para participar da consulta. “É uma consulta que visa adaptar o Brasil ao mundo digital, que a cada ano se renova. Queremos que, de maneira efetiva, possa agilizar e preparar o país para uma permanente mudança, num momento em que a bola da vez é a Internet das Coisas”, destacou o ministro da pasta, Gilberto Kassab, durante o lançamento da consulta. A Internet das Coisas (em inglês, Internet of Things – IoT) é a rede de objetos que se comunicam e interagem de forma autônoma, via internet. A proposta de estratégia digital foi elaborada por um grupo interministerial que debateu o tema em 18 reuniões. Cerca de 130 especialistas foram ouvidos pelo governo durante a elaboração. Após inserir as contribuições da população, o documento, que servirá de parâmetro para uma norma, deve ser encaminhado até o final do ano para a Casa Civil. Kassab afirmou os avanços da tecnologia também mudam a relação das pessoas com o emprego. “Daqui para frente, as pessoas trabalham menos, para que mais pessoas possam trabalhar: vão poder cuidar mais das suas vidas pessoais, vão poder dar mais atenção a seus filhos, cuidar melhor da sua saúde. Em função dessas transformações [digitais], o Brasil, com algum atraso, tenta fazer com que adaptações aconteçam”, disse o ministro. A proposta prevê 100 ações de interesse do poder público, dos cidadãos e do setor privado, que incluem o relaxamento de barreiras regulatórias (ABr). Consumo de energia elétrica cresceu 1,1% em junhoO consumo de energia elétrica no país totalizou 233.221 gigawatts-hora (GWh) no primeiro semestre do ano, um crescimento de 0,4% na comparação com o mesmo período de 2016. Os dados constam da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada ontem (1º) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a empresa, o aumento de 0,4% indica uma estabilidade. Ligada ao Ministério de Minas e Energia, a EPE é responsável pelo planejamento energético do país. Em junho, o consumo de energia chegou a 37.816 Gwh, com expansão de 1,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. O resultado nos primeiros seis meses deste ano reflete o crescimento, principalmente, do setor residencial, cuja expansão de janeiro a junho foi de 1,2%. A indústria fechou com alta de apenas 0,1%, e o comércio, com queda de 0,7%. Regionalmente, o avanço de 0,4% no primeiro semestre foi puxado pela demanda do Sul do país, que cresceu 2,2% no período. O Centro-Oeste registrou expansão de 0,6%. No Sudeste, maior centro consumidor do país e que responde por mais de 60% de toda a demanda, houve alta de apenas 0,3%. Na outra ponta, nas regiões Norte e Nordeste, o consumo fechou em queda 0,5% e 1%, respectivamente (ABr). |