Mercado reduz projeção de crescimento da economiaA estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – caiu de 2% para 1,89% este ano. Foi a quinta redução consecutiva. A estimativa da inflação, calculada pelo IPCA, permanece em 3,89% neste ano. Foto: Money Times/Reprodução Para 2020, a estimativa de crescimento do PIB recuou de 2,78% para 2,75% na segunda redução consecutiva. As projeções de crescimento do PIB para 2021 e 2022 permanecem em 2,50%. Os números constam do boletim Focus, divulgado às segundas-feiras, pelo Banco Central (BC), em Brasília. A estimativa da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), permanece em 3,89% neste ano. Em relação a 2020, a previsão para o IPCA segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração na projeção: 3,75%. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. Para controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Para o fim de 2020, a projeção segue em 7,50% ao ano. Para o fim de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no fim do ano e em R$ 3,75 no fim de 2020. | |
Inflação medida pelo IPC-S subiu em marçoInflação foi puxada pelos transportes, cujas tarifas subiram 1,22% em março. Foto: José Cruz/ABr Agência Brasil A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), ficou em 0,65% em março, taxa superior ao 0,35% de fevereiro. O dado foi divulgado ontem (1º) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. A alta foi puxada principalmente pelos transportes, que tiveram inflação de 1,22% em março, depois de registrar deflação (queda de preços) de 0,01% em fevereiro. Os gastos com alimentação também contribuíram para o aumento do IPC-S de fevereiro para março. A inflação dos alimentos subiu de 0,94% para 1,1% no período. Outros grupos de despesa com alta da inflação foram vestuário (que passou de -0,13% em fevereiro para 0,5% em março), educação, leitura e recreação (de -0,65% para 0,02%) e comunicação (de 0% para 0,19%). Três grupos de despesa tiveram queda na taxa, de fevereiro para março: habitação (de 0,44% para 0,36%), saúde e cuidados pessoais (de 0,5% para 0,37%) e despesas diversas (de 0,1% para -0,04%). | Vendas para Páscoa podem crescer até 3%Uma pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo) aponta que a expectativa de vendas para a Páscoa pode ser de aumento de até 3% no comércio. Varejo especializado em chocolate e supermercados são os mais procurados, segundo os dados. Decoração da loja, promoções, produtos de menor valor são itens que podem chamar atenção do consumidor e facilitar as vendas neste período, de acordo com o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff. “Os empresários estão mais otimistas do que em 2018. Com isso, certamente haverá promoções, que beneficiarão os consumidores e podem aumentar as vendas”. Os dados da pesquisa ainda apontam ticket médio de R$ 50,00 e R$ 200,00. Para a região metropolitana de São Paulo, as boas expectativas são quase que unânimes entre as respostas da pesquisa. No entanto, o que pode trazer dificuldades é o desemprego. “Ainda temos famílias com diversos membros sem um emprego fixo. Isso pode fazer com que outras prioridades sejam atendidas de imediato”, acredita o presidente da CDL de Diadema, José Manuel Vieira de Mendonça. Já para algumas indústrias as perspectivas podem ser mais positivas, já que o dólar tende a baixar e a bolsa subir, o que pode evitar reajustes de preço no produto final para o consumidor (AI/FCDLESP). Confiança dos empresários caiu de fevereiro para marçoAgencia Brasil O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 2,7 pontos de fevereiro para março deste ano. Com a queda, o indicador chegou a 94 pontos, em uma escala de zero a 200, o menor nível desde outubro de 2018. O índice ficou 0,5 ponto abaixo de março do ano passado. O ICE é calculado com base em entrevistas feitas com empresários dos setores da indústria, de serviços, do comércio e da construção. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no presente, caiu 1,5 ponto em março, para 89,9 pontos, voltando ao nível de novembro de 2018. Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, caiu 2,9 pontos e fechou o trimestre em 98,1, o menor nível desde outubro do ano passado. Todos os setores tiveram queda da confiança de fevereiro para março: indústria (-1,8 ponto), serviços (-3,5 pontos), comércio (-3,2 pontos) e construção (-2,5 pontos). Em março, a confiança avançou somente em 22% dos 49 segmentos que integram o ICE. No mês passado, a disseminação de alta havia alcançado 41% dos segmentos. |