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Economia 01/11/2017

em Economia
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Em dez anos, a participação caiu tanto na produção como nas exportações mundiais.

Indústria brasileira perde espaço no mercado mundial

Em dez anos, a participação caiu tanto na produção como nas exportações mundiais.

As participações do Brasil na produção e nas exportações de produtos manufaturados mostram que o país está perdendo importância na economia global. Em dez anos, a participação caiu tanto na produção como nas exportações mundiais

A fatia das exportações brasileiras de produtos manufaturados no total mundial diminuiu 0,24 ponto percentual (pp) entre 2005 e 2015 e ficou em 0,58%. Enquanto isso, a participação da China aumentou 8,83 pp e, a da Coreia do Sul, cresceu 0,55 pp informa o estudo Desempenho da Indústria no Mundo, feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em estatísticas da OMC.
Além disso, nos últimos dez anos a participação brasileira na produção mundial de manufaturados caiu 0,9 pp. Passou de 2,74% em 2006 para 1,84% em 2016. No mesmo período, a fatia da indústria chinesa cresceu 11,80 pp e, a da Coreia do Sul, 0,56 pp. “Os dois indicadores mostram que o Brasil está perdendo capacidade de competir no mercado mundial de produtos manufaturados”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.
Ele explica que isso é resultado dos avanços pouco expressivos nas reformas micro e macroeconômicas que têm impacto nos custos de produção das empresas. “Os custos no Brasil cresceram mais do que a produtividade, e isso faz com que o país tenha alguma vantagem diante dos competidores externos quando o real se valoriza”, avalia Castelo Branco. O economista alerta que o câmbio não pode ser o único elemento de melhora da competitividade brasileira. “Temos que ganhar competitividade na produção, com custos mais adequados e aumento da produtividade”, completa.
O estudo da CNI destaca que o ritmo de queda da participação da indústria brasileira no total da produção mundial se acentuou a partir de 2014, por causa do agravamento da crise econômica interna. Com base nos dados da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), a CNI informa que a participação da indústria brasileira na produção mundial caiu 0,24 ponto percentual entre 2015 e 2016, período em que a da China aumentou 0,9 ponto percentual (Fonte: CNI).

Alta na confiança indica que Natal pode não ser de lembrancinhas

Alencar Burti, presidente da ACSP.

O Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 73 pontos em outubro – dois a mais do que em setembro e o terceiro maior valor deste ano. O grande destaque foi o crescimento na confiança entre os consumidores da classe A/B, cujo índice saltou de 64 para 71 pontos. “Por ser a classe que tem o maior poder aquisitivo, ela pode impulsionar as vendas de fim de ano, já que esses consumidores compram itens de maior valor”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP.
Nos outros grupos socioeconômicos, a confiança da classe C manteve-se praticamente estável, caindo de 73 para 72 pontos, e a da classe D/E subiu de 67 para 70. “Isso também é um bom sinal, pois indica que o consumidor, de forma geral, não está tão receoso quando o assunto é compra”, diz Burti.
Desde julho de 2015, quando o Índice ficou abaixo de 100 pontos pela primeira vez, o indicador não conseguiu retornar ao campo positivo.
Das quatro regiões medidas pelo INC, a Sul foi a que registrou maior crescimento na confiança: saiu de 83 pontos em setembro para 94 em outubro. A explicação está nas chuvas que chegaram à região e nas boas perspectivas com a safra. Já as regiões Norte/Centro-Oeste (de 72 para 74) e Nordeste (de 66 para 68) tiveram elevação de dois pontos. No Sudeste, a confiança manteve-se em 68 pontos, mas São Paulo sobressaiu-se à media, com a confiança do consumidor paulista saltando de 60 para 68 pontos. “A elevação foi grande, mas São Paulo estava num pessimismo muito acentuado e agora fica no mesmo patamar do restante da região”, comenta Burti.
Os indicadores de emprego, consumo e situação financeira mantiveram-se estáveis de um mês para o outro, com exceção do número de conhecidos desempregados. Em setembro, cada brasileiro disse conhecer, em média, 5,64 pessoas que perderam o emprego nos últimos seis meses. Em outubro, porém, essa média caiu para 5,21, em sintonia com os números oficiais de ocupação e desocupação. Em contrapartida, o percentual dos consumidores que afirmam se sentir inseguros em seus empregos continua alto: 64% em outubro contra 62 em setembro. “É um paradoxo. Demora um pouco até que a pessoa se sinta realmente segura”, diz Burti (Fonte: ACSP).

Avança a confiança do empresário de serviços 

O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 2,2 pontos de setembro para outubro. O indicador alcançou 87,8 pontos em uma escala de zero a 200, o maior nível desde outubro de 2014.
A confiança aumentou para empresários de nove das 13 principais atividades pesquisadas. Eles estão mais confiantes quanto ao presente porque o Índice da Situação Atual cresceu 2,3 pontos e também quanto ao futuro porque o Índice de Expectativas aumentou 2,1 pontos.
O Indicador de Tendência do Emprego no Setor para os próximos meses ficou em 101,3 pontos em outubro, ultrapassando a barreira dos 100 pontos pela primeira vez em 34 meses. As empresas que planejam contratações (16,5%) superam as que tencionam cortes (14,5%). O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor de serviços chegou a 83% em outubro, avançando 1,5 ponto percentual sobre setembro e alcançando o seu maior valor desde janeiro de 2016.
De acordo com a FGV, os empresários têm agora uma leitura mais favorável sobre o ambiente de negócios e o padrão de melhora generalizada na percepção empresarial “deve se sustentar nos próximos meses, salvo a ocorrência de algum fato impactante vindo do campo político” (ABr).