Há muito o que fazer para melhorar desempenho fiscalO resultado acumulado das contas públicas neste ano indica que ainda há muito o que fazer em termos de ajuste fiscal, na avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel Nos oito meses do ano, o setor público registrou déficit primário de R$ 1,105 bilhão, o pior resultado para o período registrado na série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001. Em 12 meses, encerrados em agosto, o setor público apresentou déficit primário de R$ 43,845 bilhões, o que corresponde a 0,76% do PIB. A meta do setor público de superávit primário é 0,15% do PIB. Desse total, o percentual de 0,10% corresponde ao Governo Central. Quando o governo faz superávit primário, economia de recursos para pagar os juros da dívida pública, ajuda a conter o endividamento do governo, em médio e longo prazos. Maciel destacou que nos oito meses do ano as receitas recuaram 4% e as despesas caíram 2%, na comparação com igual período de 2014. De janeiro a agosto, os gastos do setor público com juros da dívida pública chegaram a R$ 338,326 bilhões, contra R$ 165,259 bilhões registrados em igual período do ano passado. Segundo Maciel, essas despesas aumentaram devido ao crescimento da dívida, ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, à alta da inflação e às operações de swap cambial feitas pelo BC. Apesar do prejuízo, Maciel defendeu as operações de swap como uma ferramenta para oferecer proteção às empresas em momento de forte oscilação do dólar. Ao mesmo tempo a alta do dólar gera perdas com operações de swap, ajuda a diminuir a dívida líquida do setor público Ao final do ano, o BC espera que a dívida líquida fique em 34,3% do PIB. A dívida bruta deve chegar a 67,2%, os gastos com juros, 8,4%, e o déficit nominal, 8,2% do PIB (ABr). |
Confiança do comércio caiu 4,1% em setembroO Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 4,1% em setembro, em comparação a agosto. O índice manteve trajetória de declínio que vem se verificando ao longo de 2015, informou o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. O indicador atingiu 82,6 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em março de 2010. O superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo Jr., disse que “a continuidade da queda da confiança do comércio sinaliza que, no terceiro trimestre de 2015, o PIB do setor deve recuar em relação ao período imediatamente anterior pela quarta vez consecutiva, algo que não ocorria desde 2002-2003”. Para Campelo Jr., “a julgar pelo pessimismo captado pela sondagem, não há, no momento, sinais de mudança de tendência para o último trimestre do ano. O setor reclama de fraqueza da demanda, escassez de crédito, custos financeiros elevados e da confiança extremamente baixa do consumidor.” Segundo o consultor da FGV, Silvio Sales, no fim do terceiro trimestre os indicadores confirmam o aprofundamento do pessimismo nas empresas de serviços. As avaliações negativas, tanto em relação às condições correntes quanto ao cenário para os próximos meses, atingem de modo cada vez mais disseminado as várias atividades (ABr). | Wagner diz que está à disposição para assumir Casa CivilO ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse ontem (30) que está à disposição para assumir a Casa Civil, se for convidado pela presidenta Dilma Rousseff. “Sou parte desse projeto [de governo], estou à disposição no que puder ajudar”, disse ao chegar para audiência pública na Câmara dos Deputados. O ministro não confirmou se já recebeu o convite e ressaltou que, por enquanto, é o ministro da Defesa. A mudança no comando da Casa Civil tem sido apontada como uma da alterações previstas na reforma administrativa, que deverá ser anunciada pela presidenta. Wagner entraria no lugar do atual ministro da pasta, Aloizio Mercadante. Wagner participou da audiência na Câmara que discute o Decreto que delega competência do presidente da República ao ministro da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar (ABr). |