A estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) é que o volume de vendas para o próximo Dia das Crianças registre movimentação financeira de
R$ 8,13 bilhões. Confirmada essa expectativa, o varejo deve apresentar uma retração de 3,1% em relação ao ano passado. No ano passado, o setor registrou movimentação financeira de R$ 8,39 bilhões (um avanço de 12,8% ante 2020), recuperando, assim, o volume de 2019.
“O varejo chega à terceira data comemorativa mais importante do seu calendário, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães, com a circulação de consumidores já normalizada em relação ao Dia das Crianças anterior à pandemia. De qualquer forma, o reajuste dos preços dos produtos mais procurados para a data deve impactar as vendas deste ano”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O preço médio dos bens e serviços relacionados ao Dia das Crianças tende a subir 8,7%.
“Se confirmada esta previsão, seria o maior percentual de reajuste desta cesta de itens desde 2016, que foi de 8,8%”, projeta o economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes. Um dos destaques é o reajuste de 20% nos preços dos brinquedos, 17,6% no valor dos tênis e 15% nos sapatos infantis. Dos onze itens avaliados, apenas os videogames estão mais baratos que no ano passado, com uma redução de 1,3%. O segmento de vestuário e calçados será o destaque, respondendo por 29% do volume projetado, o que representa R$ 2,44 bilhões, seguido pelo ramo de eletroeletrônicos e brinquedos (27%, equivalentes a R$ 2,2 bilhões).
Com movimentação esperada de R$ 1,45 bilhão, perfumarias e farmácias devem registrar o maior avanço, de 3%, em relação ao ano passado. Regionalmente, São Paulo (R$ 2,6 bilhões), Minas Gerais (R$ 826,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 741,1 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 702,7 milhões) deverão responder por quase 60% do total movimentado com o Dia das Crianças em 2022. Entretanto, o maior avanço regional em relação à data de 2021 é esperado no Espírito Santo, com alta de 5,6% (Gecom/CNC) (ABr).