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Confiança do comerciante cai pela segunda vez após período de altas

em Economia
segunda-feira, 25 de outubro de 2021

As vendas do Dia das Crianças não foram suficientes para retomar a confiança do empresário. Após um período de fortes altas, entre junho e agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), apresentou a segunda queda seguida. Ainda assim, a retração de 3,1% fez com que o indicador batesse 119,3 pontos, permanecendo na zona de satisfação (acima dos 100 pontos).

Na comparação com outubro de 2020, o índice registrou aumento de 15,6% o que, para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, no geral, mostra que os resultados negativos recentes não anularam o otimismo gerado este ano. No entanto, Tadros observa que, depois de resultados positivos, a tendência de baixa iniciada em setembro ressalta a menor confiança em relação à conjuntura no País.

“Entre os fatores que provavelmente constituíram a taxa do Icec em outubro, é possível considerar a inflação gerada no processo de recuperação das economias desde o ano passado; o destravamento das medidas contra a covid-19; os efeitos do câmbio, das commodities e da escassez de chuvas”, avalia o presidente da CNC.

Todos os componentes do Icec apresentaram retração – Condições Atuais (-4,5%), Expectativas (-3,1%) e Intenção de Investimentos (-2,0%) -, fenômeno que aconteceu pela última vez em abril, quando o índice despencou 6,4%. Com a maior variação entre os componentes, Condições Atuais da Economia apresentou queda de 9,0%, o que na percepção do economista da CNC, Antonio Everton, é reflexo das principais queixas e evidência das condições macroeconômicas desfavoráveis para os empresários.

“A possibilidade do encerramento da transferência do auxílio emergencial, o aumento do endividamento das famílias e a alta dos custos são apenas alguns dos fatores que podemos listar. O cenário atual é de aumento de preços, ocasionando desequilíbrios entre oferta e demanda e pressões para formação de preços maiores, complicando a decisão dos preços finais “, observa o economista (Gecom/CNC).