Com menos pessoas circulando em ambientes públicos, como shoppings, por conta dos cuidados relativos à epidemia de coronavírus, as consultas para vendas a prazo e às vistas nas lojas tiveram queda de 16,3% só no último fim de semana comparado ao fim de semana anterior. Em comparação a igual período do 2019, a queda foi maior, de 16,7%.
O levantamento do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base em dados nacionais da Boa Vista Serviços, já reflete a atual realidade: de que o consumidor já está se retraindo, e mudando seus hábitos de consumo aos poucos por conta da epidemia, segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP.
Até o último fim de semana, quando encerrou a primeira quinzena, as vendas no comércio paulistano tiveram alta média de 5,3%, ainda sob os efeitos do Carnaval, no fim de fevereiro, e da movimentação pós-evento. Por outro lado, com o aumento dos casos, parte da população continua a comprar, porém, com mais frequência, itens como alimentos e produtos de higiene e limpeza – atitude que deve ser bem avaliada, segundo Solimeo, para evitar desabastecimento.
Com a exceção de bares e restaurantes, que provavelmente não conseguirão repor a demanda perdida nesse primeiro momento, os demais lojistas devem aproveitar uma possível ociosidade para fazer ajustes e melhorias internas, pois quando as coisas voltarem ao normal, os consumidores também voltarão a comprar (AI/ACSP).