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Comerciantes esperam aumentar faturamento com artigos para a Copa

em Economia
sexta-feira, 04 de novembro de 2022

No maior comércio popular de São Paulo, a região da 25 de março, os comerciantes dizem que as vendas de itens para a Copa do Mundo do Qatar ainda estão fracas, mas a expectativa é que aumentem nos próximos dias. A Copa de 2022 terá início no próximo dia 20. Proprietário de uma loja especializada em artigos esportivos, João Abdala afirmou que não vê muita movimentação para a compra de artigos para o Mundial.

“A nossa expectativa é que as vendas comecem a engrenar a partir do final desta semana, quando o assunto começa a ser mais falado. Esperamos que as pessoas voltem a comprar como compravam nas últimas Copas”. Para ele, as eleições podem ter atrasado as vendas. Com a proximidade do Mundial, Abdala vende, principalmente, bandeiras e camisas oficiais licenciadas pela CBF que custam, em média, R$ 300.

Esperamos vender cerca de 80% do que vendemos na última Copa, já é menor a expectativa, porque essa alocação do evento para o fim do ano mexeu com o que as pessoas já estavam acostumadas. Sendo realista, não vai ser tão bom quanto as últimas, mas vamos trabalhar muito para superar”. O comerciante José Valdecir também espera que o fim das eleições alavanque as vendas. “O pessoal tinha receio de comprar uma camisa amarela por causa da política que estava ficando como se fosse uma guerra. Espero que isso termine em paz, o povo quer trabalhar”.

Já Clodoaldo Mateus Santos de Souza, dono de um comércio informal na Ladeira Porto Geral, na região da 25 de Março, espera vender 90% a mais com os artigos da Copa, como camisas, bonés, faixas e até roupas para animais de estimação. Souza vende camisetas a partir de R$ 30, sendo a mais cara R$ 90. Apesar do otimismo dos comerciantes, o economista da Associação Comercial de São Paulo, Ulisses Ruiz de Gamboa, lembra que, o evento não costuma ser bom para o varejo.

“A Copa é um evento que, de maneira geral, é ruim para o varejo como um todo, pois, nos dias de jogos do Brasil, os estabelecimentos fecham no horário das partidas e reabrem após o fim do jogo. Com a proximidade da Black Friday, as vendas podem compensar os dias fechados, afirma Gamboa. “O fato de a Copa começar a menos de uma semana da Black Friday deverá provocar uma antecipação das ofertas e promoções que seriam oferecidas para esses produtos, o que poderia reduzir as perdas do comércio”, finalizou (Abr).