A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta crescimento de 1,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de acordo com o Informe Conjuntural do 2º trimestre. O percentual se aproxima da previsão de alta de 1,2% feita em dezembro de 2021. A antecipação do 13º salário e liberação do FGTS aqueceram economia no primeiro semestre.
O gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, explica que o setor de serviços surpreendeu positivamente no primeiro trimestre. A indústria registrou altas moderadas da produção, pouco acima do previsto, com maior dinamismo em setores ligados a commodities. “Os dados do segundo trimestre disponíveis até o momento permitem esperar continuidade desse bom desempenho”, explica o economista.
A inflação por todo o mundo surpreendeu negativamente na maior parte do primeiro semestre. No Brasil, a CNI revisou para cima a previsão de inflação (IPCA) para 2022, de 6,3% ao ano para 7,6% ao ano, mesmo considerando o significativo impacto da redução do ICMS de combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Por conta disso, a taxa de juros Selic foi elevada para além de das expectativas do primeiro trimestre, com a expectativa de mais uma elevação em agosto, que levaria a taxa para 13,75% ao ano até o fim de 2022. Fonte: AI/CNI.