A Confederação Nacional do Comércio (CNC) manteve em 1% a previsão de crescimento do setor de serviços este ano, considerando que os meses de novembro e dezembro não vão alterar o ritmo de expansão do setor que, em outubro, elevou seu faturamento em 0,8% em relação a setembro. Esse foi o melhor desempenho para um mês de outubro em sete anos e o terceiro avanço dos últimos quatro meses.
No acumulado de janeiro a outubro de 2019, foi registrada alta também de 0,8%. O economista Fabio Bentes, da CNC, disse que 2019 vai ser o primeiro ano de crescimento do setor de serviços desde 2014, quando a receita real do setor evoluiu 2,5%. Diante dos resultados revelados, a CNC melhorou a previsão para 2020, estimando alta de 1,9% para o setor de serviços, contra 1,7% projetados anteriormente.
A previsão de alta de 1,9% se deve, principalmente, à política monetária mais expansionista na taxa de juros “passando o ano de 2020 em um novo piso histórico, talvez até abaixo dos 4,5% com a redução da Selic. Acredita-se que tem espaço para a taxa básica chegar perto de 4% ao ano, no ano que vem”, disse Bentes. No trimestre encerrado em outubro, o setor de serviços aumentou 2,1%. Na comparação com outubro de 2018, houve alta de 2,7%, maior taxa para o mês desde 2013 (4,2%).
O economista da CNC lembrou que a pesquisa abrange também serviços prestados às empresas e não apenas às famílias. Para 2020, a expectativa é de melhorar o cenário dos serviços no Brasil, que é o grande empregador. O setor terciário responde por 72% do emprego. “E o que está faltando no momento no Brasil é, justamente, a reativação do mercado de trabalho”, assegurou (ABr).