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Captação da poupança bate recorde para meses de julho

em Economia
sexta-feira, 07 de agosto de 2020

Depósitos superaram saques em R$ 27,14 bilhões no mês passado. Foto: Arquivo/ABr

Aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros, a caderneta de poupança voltou a atrair o interesse em meio à pandemia. No mês passado, os investidores depositaram R$ 27,14 bilhões a mais do que retiraram da aplicação, informou o Banco Central. Em julho do ano passado, os brasileiros tinham sacado R$ 1,61 bilhão a mais do que tinham depositado. O resultado de julho é o maior já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

Com o resultado do mês passado, a poupança acumula entrada líquida de R$ 111,58 bilhões nos sete primeiros meses do ano. A aplicação tinha começado o ano no vermelho. Em janeiro e fevereiro, os brasileiros retiraram R$ 15,93 bilhões a mais do que depositaram. A situação começou a mudar em março, com o início da pandemia, quando os depósitos passaram a superar os saques. O interesse na poupança se mantém apesar da recuperação da bolsa de valores nos últimos meses e da melhora das condições de outros investimentos, como títulos do Tesouro.

Com rendimento de 70% da Taxa Selic, a poupança atraiu mais recursos mesmo com os juros básicos em queda. Com as recentes reduções na Selic, o investimento está rendendo menos que a inflação. Nos 12 meses terminados em julho, a aplicação rendeu 3,12%. No mesmo período, o IPCA-15, que serve como prévia da inflação oficial, atingiu 2,13%. Para este ano, o boletim Focus prevê inflação oficial de 1,63% pelo IPCA. Com a atual fórmula, a poupança renderia 1,4% este ano, caso a Selic de 2% ao ano estivesse em vigor desde o início do ano. No entanto, como a taxa foi sendo reduzida ao longo dos últimos meses, o rendimento acumulado será um pouco maior (ABr).