O Exército do Brasil está realizando uma licitação para o fornecimento de dezenas de veículos blindados, e, na próximo sexta-feira (25), está previsto o anúncio do vencedor entre três finalistas. Entre os quais, está o Centauro 2, do Consórcio Iveco-Leonardo, além do LAV700 da General Dynamics Land Systems e o ST-1 BR da chinesa Norinco. A importância da disputa e os seus possíveis desenvolvimentos justificam a atenção da mídia especializada a preferir o Centauro 2 como o veículo de serviço melhor e de mais fácil integração ao parque de blindados do Exército brasileiro.
O portal “Tecnologia & Defesa”, por exemplo, se baseia em “documentos obtidos de maneira exclusiva” para revelar que a “produção do veículo Centauro 2 compartilha cerca de 28,5% de componentes em comum com os 6X6 VBTP-MR Guarani do Exército, podendo classificá-los como membros da mesma família de blindados”. As centenas de componentes em comum “não só facilitam a cadeia logística de manutenção e reduzem os custos dos estoques e transportes para o Exército brasileiro, mas aumentam também a demanda desses componentes”.
O que encoraja “a indústria a produzi-los, aumentando a taxa de nacionalização desses sistemas de armamento. Tanto que recentemente houve um acordo de entendimento entre o Grupo Leonardo e AEL Sistemas para a nacionalização de alguns desses sistemas”. Na mesma linha, a excelência do Centauro 2 da Leonardo foi colocada em evidência pelo blog “Caiafa Master”, do jornalista especializado em tema de Defesa, Roberto Caiafa. O Centauro 2, destaca, “foi criado e projetado como um combatente de carros armados e, na sua segunda geração, está armado com um excelente e comprovado canhão de alta pressão de cano liso de 120mm”.
Acrescenta que isso significa que “a sua escolha dá início ao processo de adoção do calibre 120mm e suas munições pelo Exército Brasileiro, ou seja, o carro também será um indutor de mudanças importantes dentro da força”. Enfim, o “Centauro 2 pode funcionar como um catalisador de exportações do 6×6 Guarani na América do Sul, já que esse 8×8, se escolhido pelos países sul-americanos que estão consultando o mercado neste momento em busca de uma ‘família de veículos’ – Argentina, Peru, Colômbia e México – trará como benefício acesso dessas nações ao esforço industrial e logístico montado pelo Brasil para atender esses dois produtos internamente” (ANSA).