O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina, divulgado pelo Ibre/FGV, avançou de 70,5 pontos para 81,2 pontos do primeiro para o segundo trimestre. É a quarta alta seguida no indicador, que segue sob forte influência da pandemia em todos os países pesquisados. Os dois componentes do ICE, que são o Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE), apontam sinais opostos, de acordo com o horizonte temporal analisado. “Enquanto as expectativas em relação aos próximos meses são otimistas, a percepção em relação à situação atual é ainda bem desfavorável”, avalia o instituto.
Apesar da alta de 10,7 pontos, o ICE da América Latina continua na zona desfavorável do ciclo econômico. O ISA subiu 8,8 pontos, o que representa uma variação de 45,4% no trimestre, ficando em 28,2 pontos, nível considerado extremamente baixo. O indicador está na zona desfavorável, ou seja, abaixo dos 100 pontos, desde julho de 2012. Já o IE passou de 143,6 pontos para 156,0 pontos. Desde julho de 2016, o indicador está na zona favorável, com exceção do segundo trimestre de 2020, ápice da crise sanitária da covid-19. As influências positivas na maioria dos países da região foram a melhora da demanda mundial e o aumento do preço das commodities (ABr).