A produção de motocicletas deve atingir 1,29 milhão de unidades neste ano, volume 7,9% maior do que a produção de 2021 no Polo Industrial de Manaus (1.195.149 unidades). As vendas devem chegar a 1,23 milhão de motocicletas, com alta de 6,4% em relação a 2021, quando o total negociado ficou em 1.156.074 unidades.
As exportações deverão totalizar 54 mil unidades, alta de 1% sobre o volume do ano passado, quando foram vendidas 53.476 motocicletas, conforme projeções apresentadas pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, as projeções de crescimento confirmam o cenário de recuperação gradativa da indústria de motocicletas, que vem retomando os volumes anteriores à pandemia. “Esperamos um cenário mais estável neste ano para atingirmos novamente os patamares de 2015, quando a produção ficou em 1,2 milhão de unidades”. Entre os fatores determinantes para a continuidade do crescimento estão o avanço dos serviços de entrega de produtos e o maior uso da motocicleta nos deslocamentos urbanos.
Existem, porém, variáveis que podem influenciar esse desempenho, como o aumento dos casos da variante Ômicron e da gripe H3N2, que podem afastar os trabalhadores de seus postos e assim impactar a produção. Além disso, a Abraciclo teme que instabilidades do cenário macroeconômico influenciem o setor, desde o abastecimento e reorganização das cadeias produtivas até a alta nas taxas de juros e do frete. A indústria de motocicletas fechou 2021 com produção de 1,19 milhão de unidades, alta 24,2% na comparação com o ano anterior, quando foram fabricadas 961.986 unidades.
O volume ficou 2% abaixo da expectativa da associação, que previa fabricar 1,22 milhão de motocicletas. O setor enfrentou a segunda onda de covid-29 em Manaus, no início de 2021, quando deixaram de ser produzidas cerca de 100 mil motocicletas. Segundo Fermanian, existe atualmente fila de espera de 30 dias para modelos de baixa cilindrada e scooters. “Todas as associadas estão se esforçando para atender ao consumidor que espera, quer e precisa de uma motocicleta nova”, enfatizou o presidente da Abraciclo (Abr).