Recentemente uma carta aberta, encabeçada e assinada por personalidades como Elon Musk e Steve Wozniac, foi publicada. Nessa carta, listam-se as preocupações que deveríamos ter com o desenvolvimento da Inteligência Artificial em diversos âmbitos. Desde o desaparecimento de alguns empregos, que poderão ser performados por máquinas em um futuro próximo até a possibilidade das máquinas sobrepassarem os humanos, tornando-se soberanas sobre nós. Será que é pra tudo isso?
São tantos os filmes e os livros que ensaiam uma realidade controlada por máquinas que confesso que ler uma carta dessas traz até uma sensação de deja vu, como se já soubéssemos o que teremos que enfrentar. Por outro lado, estando envolvida com o setor da educação dentro do mercado das tecnologias emergentes, inúmeras vezes ao indagar sobre o verdadeiro perigo do desenvolvimento das tecnologias de inteligência artificial, absolutamente todas as vezes recebi a mesma resposta: impossível. Máquinas precisam ser programadas, e somente humanos podem seguir programando e desenvolvendo as máquinas. Mas será mesmo? Não sei se hoje fico conformada com essa resposta, até mesmo arrogante, sobre como nunca seremos subjugados pela nossa própria criação.
Por outro lado, como frear o progresso? Se a inteligência artificial é a nova bomba nuclear, é possível impedir que nações se empenhem em desenvolver suas tecnologias para garantir seu espaço no mapa mundial? Mesmo que se combinasse uma pausa de 6 meses para discutir limites e sanções, como a carta sugere, que países realmente respeitariam as regras que seriam criadas, e que países realmente fariam essa pausa em suas pesquisas? E até onde essa carta tem a ver com interesses particulares, na corrida pelo desenvolvimento dessa tecnologia?
Fica a mensagem de que sim, precisamos nos preocupar e discutir constantemente as implicações do continue desenvolvimento da inteligência artificial. Precisamos nos educar e educar nossos jovens para que eles entendam como essa ferramenta a nosso favor e não contra nossa própria existência. Mas sejamos realistas: ninguém vai frear o progresso. A busca pela soberania de cada um dos países desse planeta é eterna, e não existe carta que vá fazer parar essa corrida. A nós, como integrantes dessa jornada nesse planeta, cabe fazer a nossa parte, como cidadãos, e buscar informação e educação para somarmos positivamente às discussões e, principalmente, nos prepararmos para o futuro que nos espera.
Com graduação em Arquitetura e Urbanismo, pós graduação em Administração, MBA em Empreendedorismo e Inovação, e Master in Digital Marketing, Carol Olival tem um perfil multidisciplinar e transita com segurança pelos mercados de educação, marketing, vendas e treinamento. Carol operou escolas próprias de inglês por 10 anos, e hoje é Community Outreach Director da Full Sail University, responsável pela criação e manutenção de comunidades internacionais para a universidade através da divulgação das imensas possibilidades que as carreiras na economia criativa oferecem.
