O início do ano é a época ideal para rever os objetivos conquistados e traçar novas metas.
No caso de quem trabalha para construir um patrimônio pessoal para poder usufruir de suas conquistas no futuro, esse pode ser um momento ideal para fazer um planejamento financeiro pensando estrategicamente nos objetivos de acumular riquezas para viver de renda dentro de alguns anos.
Uma dúvida frequente de quem deseja alcançar essa meta é com relação ao valor que deve ser acumulado. Segundo Sigrid Guimarães, sócia-fundadora e CEO da Alocc, gestora de patrimônio com R$10 bilhões sob gestão, não há um valor que sirva para todos. Afinal, tudo depende das necessidades e custo de vida que cada um deseja levar.
“Além de entender o seu estilo de vida, é preciso lembrar que o mercado tem seus ciclos incontornáveis e crises imprevisíveis. E o pior que pode acontecer a alguém que conta com rendimentos patrimoniais para viver é ser surpreendido por sua insuficiência. Considerando esses acontecimentos e, analisadas as condições de longo prazo, atualmente, uma taxa de juros de aproximadamente 5% ao ano de juros real parece razoável para o nosso cálculo”, explica a gestora.
Para facilitar a conta, Sigrid sugere que a pessoa considere que necessitará de um patrimônio 250 vezes superior a despesa mensal para poder renunciar às receitas do trabalho e viver de renda. Ou seja, se você pretendesse contar com uma renda anual de
R$ 600 mil (R$ 50 mil por mês), seria necessário acumular R$ 12,5 milhões, o correspondente a R$ 50 mil X 250.
Sabendo o valor necessário e trabalhando com foco no acúmulo da fortuna, também é importante realizar investimentos financeiros com alocação e gestão de ativos adequados. Eles são importantes para preservar o patrimônio conquistado, ajudar a incrementá-lo e acelerar o processo. Sigrid também alerta que é preciso ter cautela ao investir e não se deve acreditar em promessas milagrosas com grandes retornos.
“Infelizmente, muita gente vive, permanentemente, em busca de uma aplicação extraordinária, que lhe garanta a mais alta rentabilidade, o tempo todo, mas isso não existe. Ninguém vai encontrar essa aplicação, e persegui-la não só é inútil como costuma sair bem caro e apenas colabora para a deterioração do patrimônio a longo prazo”, afirma.
Caso deseje antecipar o aguardado momento de viver de renda, a especialista explica que há duas opções: poupar mais hoje ou viver de renda mais cedo com um padrão de vida inferior. Ou seja, é preciso escolher entre o nível de consumo no presente e a geração de renda futura. Isso não se trata de decisões técnicas, mas de um dilema filosófico.
Aproveitar o momento ou garantir seu conforto depois?
É uma conta pessoal, que ninguém pode fazer por você. Não há uma resposta absoluta, que sirva para todas as pessoas e circunstâncias, mas é possível e convém esclarecer o impacto das suas decisões sobre o presente e o futuro à luz da técnica e, também, do bom senso.
Para a especialista, a opção por uma renda menor no futuro é temerária, uma vez que a decisão é sobre algo desconhecido, pois não é possível prever com clareza as condições e despesas futuras. Por outro lado, há experiências das quais você, provavelmente, não poderá desfrutar numa idade mais avançada. “Por isso, é ideal avaliar caso a caso e entender quais os possíveis convenientes e inconvenientes pessoais para cada escolha”. – Fonte e outras informações: (https://alocc.com.br).